Carpideiras NO FUNERAL DO RICO - FÁBULAS
(Esopo)
Antigamente havia essa profissão - Carpideira! A agricultura mecanizada conheceu um tipo de máquina para capinar, antigamente puxada por burros, com esse nome. Mas, não se trata de cultivar, pelo menos com o sentido de produzir... Mas talvez eu esteja enganado e sejam a mesma coisa. Vamos ao conto: a parábola de Esopo ocorre nos dias que um homem Rico tinha duas filhas e uma delas morreu. Foi providenciada uma rica cerimônia fúnebre, antecedendo o cortejo de chorosas marchas funéreas ao Mausoléu. A filha supérstite comentou com a mãe: "Que coisa triste! Nós somos da família e nem sabemos lamentar e mostrar nosso luto! E esses estranhos que nunca vi antes, batem no peito e choram com tanta emoção!" Responde a mãe: "Não estranhe isso! Estão todos muito bem pagos para representar!" Moral - Isto se diz daqueles que se aproveitam para ganhar com a desgraça alheia! REVISÃO? Nada precisamos revisar: hoje estão funereamente bem confirmados esses aproveitamentos! Nossos Políticos "capinam" tão bem, seus choros são tão veementes sobre os Excluídos, que superam de longe as antigas Carpideiras. Elas lamentavam sob pagamento ofertado dos Ricos, perante Luto acontecido e de corpo presente. Estes carpidores de hoje conseguem chorar os Mortos ainda vivos! E Mais: conseguem ter os aplausos dos "presuntos verminis" presentes! Depois conseguem matá-los com a omissão e uso das ajudas conseguidas. A seguir requisitam caixões superfaturados! Cobram tudo isso da população mais pobre! Emendam o custo da carpidura com féretro, enterro, mausoléu, com os próximos defuntos pagos para aplaudir. O circo fica sem desmobilizar porque haverá a choranga de amanhã. Conseguem o capim para si e para os asnos com todos os burros, que serão os chorados de amanhã, puxando os arados e achando bom! Vá carpir assim lá nos Infernos!
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