O MÁRTIR DOS EVANGELHOS
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O MÁRTIR DOS EVANGELHOS
jbcampos
Falo com propriedade de mais um ser humano, com meus sentimentos latentes, pois, esforço-me para ocultá-los, de maneira que, possa expor somente aquilo que mais desejo à minha vaidosa e arrogante bondade.
Preso João Bunyan, por apenas ausentar-se dos trabalhos de sua igreja, promovendo reuniões evangélicas no seu próprio lar, somente por este simples motivo, ficou encarcerado por longos doze anos, onde fabricava cadarços para sapatos de onde provinha parte do sustento de sua esposa, e quatro filhos, principalmente à filha que era cega.
Apesar de sua fé inabalável, sofria muito, achando que sua querida filha cega, fosse perecer como pedinte famélica (com fome), esmolando pela sobrevivência.
Naqueles dias obscuros, a igreja oficial considerava aquela atitude bastante herética (herege), e o juiz que o sentenciou ameaçou de enforcá-lo, caso continuasse com seus ideais diabólicos, segundo o pensamento clerical da grande igreja.
A princípio fora condenado apenas a três meses de prisão, porém, deveria prometer que não mais praticaria aquele ato "mefistofélico" de desviar seres humanos da igreja oficial daquela época.
Constantemente levado diante dos juizes, sempre afirmava que iria continuar o seu trabalho de evangelização, colocando os magistrados em situações incômodas que o faziam retornar ao cárcere.
Bem, escrevo e sonho com a fé deste grande homem, que acreditou no sentimento de sua alma, ou de seu coração, ou de seu ideal.
E como estarei sempre afirmando: Eu sou igual a você que, também tem seu código de conduta filosófica de vida, portanto, crê na vida a sua maneira de enxergá-la, e com certeza querendo cumpri-la junto de seus familiares, que dependem também de sua ajuda, sendo ela de ordem econômica, moral, etc.
Quero animá-lo, posto que, ao fazê-lo, confesso, sinto-me alentado e com forças para caminhar na senda da vida pela qual vivo o atual estágio.
Grandes figuras viveram atrocidades pelas suas crenças, e de certa maneira, crenças diferentes, pois, não podemos afirmar que as condutas de nossos líderes que influenciaram com muita força a humanidade foram iguais na sua superficialidade.
Porém, as suas essências foram às mesmas, haja vista que todos foram unânimes em pregarem o amor.
O idealista João Bunyan, jamais se entregou ao desânimo, e insulado (isolado) na sua cela úmida teve visões reveladoras como esta deste famoso livro: O Peregrino.
Estou olhando e lendo paulatinamente em recordação profunda que marcou minha já cansada vida de velho morador deste mundo, são páginas amarelecidas pelo tempo, confeccionadas numa textura muito simples e sem nenhuma arte gráfica, apenas textos com algumas figuras rabiscadas.
Sopitado (adormecido) pelo sono, e o cansaço, que natural e finalmente surgem para acalentar minha alma, ainda assim, insisto nestes escritos, pois, escrever é o meu maior entretenimento psicoterapêutico.
Com certeza a vida desdobra-se em vários fragmentos, poupando-me de muitas dores causadas pela mente ociosa e vazia, com lembranças atrozes, ou o próprio vácuo mental da inércia, e até nisto tudo sou igual a você.
Você pode não escrever, como fez Bunyan, mas poderá muito bem jogar um outro jogo da vida, quiçá, um carteado juntamente com os amigos, ou um futebol, talvez um encontro para beber e conversar, enfim, todos temos uma maneira peculiar de passar o tempo.
O seu ato de viver começa a tomar um corpo direcional idealístico e filosófico, assim foi com os radicais lideres da humanidade, como "Mahatma Gandhi" que estudou num dos maiores centros do mundo. Grande filósofo e sábio, que poderia ser um paxá, um marajá, um imperador no sentido literal de gozo da matéria física, porém, entregou-se ao martírio de seu ideal.
Escrevo compulsivamente, até mesmo sem nenhum vislumbre, sem imaginar se serei lido, ou se você, que poderá estar no outro hemisfério da terra, estará lendo essas palavras.
A mim pouco me importa, escrevo sim, e coloco minhas, ou nossas palavras neste maravilhoso veículo de comunicação internáutico para espalhar meus pensamentos, que também assemelham muito aos seus, já que sofremos influências da grande mídia, portanto, pensamos semelhantemente.
Aproveitando o gancho do pensamento, pois, igualmente aos gurus da Índia, Tibete e adjacências, o nosso João Bunyan à João também, na ilha de Patmos, que escreveu o Apocalipse.
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