Dilema DA TÁVOLA REDONDA - Mitos e parábolas
(Adaptação - Mário Sanchez)
Como todos sabem, as aventuras dos Cavaleiros da Távola Redonda com o Rei Artur eram lições sobre auto-aperfeiçoamento. Nesta fábula, o Rei Artur entra numa encrenca e tem que pedir um sacrifício ao seu melhor amigo na Távola, cujo final é saber se aceita o mundo como ele é. Aceitou! Aí descobriu que tem coisas agradáveis e desagradáveis e ele é posto na parede para escolher quando vai aceitar o agradável e o desagradável... A presente aventura ocorre quando o ainda jovem Rei Artur, que gosta de caçar, se meteu no Reino vizinho e foi preso pelo Terrível dono do Castelo que lhe propõe uma pergunta difícil: "Descubra o que querem as mulheres. Se responder corretamente, fica livre. Se errar, morrerá". Ele volta e pede ajuda de todo mundo, mas não sai resposta convincente. Por fim lhe dizem que tem que consultar uma Bruxa... Lá vai ele, como única saída para permanecer no mundo: Aceitar que o desagradável imponha sua condição... e o Mal manda neste mundo! Aí a Bruxa diz que ele tem que convencer seu amigo, o melhor e mais belo Cavaleiro de sua Távola, para que case com ela! Volta e conta a esse amigo seu problema e ele acaba aceitando o terrível casamento. A Bruxa então diz a ele que o segredo que o Rei carrasco quer saber é simples: "As mulheres querem ter direito a decidir livremente sobre suas vidas". Mas, afinal, esse é o problema de Todos os Seres Humanos! Queremos liberdade de conhecer a Verdade; queremos liberdade para ir e vir e prosperar; queremos liberdade de realizar nossos dons e ser respeitados pelo mérito honesto; e queremos dispor do que conquistarmos desse modo como nossos bens pessoais. Isto se chama Democracia! Eis aonde chega a parábola do DILEMA. Bom, vocês ficaram curiosos por saber o fim do casório, né? Pois é exatamente o que a Democracia sincera vai alcançar... No dia do casório, o guapo cavaleiro vai com sua melhor veste cerimonial, talvez depois de um bom vinho para ter coragem de receber a Bruxa horrível, desdentada, de nariz adunco e rosto enrugado com risada típica... Quase cai atordoado quando entra a mais bela dama que podia imaginar vestida de noiva... Após a cerimônia ela lhe diz que não será assim o tempo todo e ele terá que escolher o período da noite ou do dia para ela ser assim e no outro período ser a Bruxa. Escolhe sem escolher: "Você pode escolher!" E aí acontece: "Como você me deu o direito de escolher, posso ser assim a dama magnífica o tempo todo!" Será que é assim mesmo na vida real? Se aceitarmos o mundo sabendo que há o Terrível e o Agradável, já temos metade do tempo no Agradável! E se deixarmos democraticamente que os parceiros escolham que parte será deles... Há de acontecer que Todos vão Querer o Agradável, para sempre e para todos, pois só assim será possível para cada um! Quando ele deixa que todos os parceiros escolham primeiro, se arrisca a ficar com os piores resultados, mas, e se pensarmos que, se todos estão fazendo juntos o melhor, onde vai poder entrar o Ruim? (Hoje Ramacheng não fala das Bruxas soltas... Elas não estão mais aqui!)
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