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Televisão fechada no Brasil: identidade e alienação
(Lavina Madeira Ribeiro)

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Lavina Madeira Ribeiro é Doutora em Ciências Sociais, na área de Cultura e Política pela Unicamp, SP, pós-doutorado em Comunicação e Cultura pela ECO-UFRJ, com pesquisa na área de televisão fechada brasileira. É também professora Adjunta III, da Faculdade de Comunicação da Universidade de Brasília – UnB, entre outros papéis. “Televisão fechada no Brasil: identidade e alienação” é um ensaio que se originou de sua pesquisa em curso sobre “Padrões Culturais Dominantes na Televisão Fechada Brasileira”, junto ao Grupo de Pesquisa “Cultura, Memória e Desenvolvimento”, do Departamento de Sociologia e ao PPG em Comunicação da Universidade de Brasília. Com essa apresentação de currículo e contexto de produção acadêmica, ressalte-se que o propósito principal da autora originou-se de questões acerca da efetividade da explicação para a ideia de entretenimento no contexto midiático da contemporaneidade, de modo específico nos programas da televisão fechada no Brasil. Entre os anos 30 e 70, o conceito de entretenimento se refere a um ideário naturalizado como sociedade de massa, cultura de massa, cultura do entretenimento, cultura popular e cultura de entretenimento. Essa caracterização é limitada pela mal resolvida dicotomia alta e baixa cultura, arte e mercadoria. Desse modo, essa noção de entretenimento encobre mecanismos de formação de valores, identidades, de concretização das experiências do cotidiano e de aprendizagem e homogeneização de modos de vida encontrados na complexa e dinâmica estruturação dos vários gêneros das produções televisivas atuais que alcançam expressiva audiência no contexto da televisão fechada brasileira. A compreensão desses produtos midiáticos e de seus mecanismos de performance demanda a utilização de uma gama complexa de conceitos cujos atributos tornam claros as condições de sua estrutura e efetividade junto aos assinantes. Em termos de semântica, teoria e explicação, esse entendimento da cultura midiática, segundo Lavina Ribeiro, teve sua superação a partir da crítica frankfurtiana, da semiologia de linha francesa, dos estudos de recepção e, em particular, a sociologia empreendida pelo campo dos estudos culturais. A autora enfatiza a hegemonia da indústria norte-americana do entretenimento no contexto simbólico da tv fechada brasileira, com análises sobre o papel da Rede Globo. Parte da premissa que entreter-se é consumir e estabelecer identificações com estilos de vida, para concluir que, não importa o quanto os agentes produtores das formas de representação cultural e suas práticas tentem garantir alguma aura de racionalidade ao cotidiano contemporâneo, essas representações não conseguem controlar e abarcar os desafios complexos que os indivíduos encaram em suas jornadas pessoais. Portanto, existe um caráter alienante intrínseco à grande parte das programações da televisão fechada no Brasil, o que acaba afastando e negando a ideia produtiva de uma nação que preza pela integração e pela socialização em meio a suas diferenças.“Televisão fechada no Brasil: identidade e alienação” (IV ENECULT - Encontro de Estudos Multidisciplinares em Cultura - 28 a 30 de maio de 2008. Faculdade de Comunicação/UFBa, Salvador-Bahia-Brasil). Um texto lúcido e recomendado ao público em geral e aos estudiosos da comunicação em particular.



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