Invictus
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O filme “Invictus” dirigido por Clint Eastwood traz um poema lindíssimo do inglês William Ernest Henley, que foi escrito em 1985. O nome "Invictus" que nomeou o filme é o mesmo do poema, que era recitado por Nelson Mandela enquanto jazia encarcerado em Robben Island (prisão sul-africana), com o intuito de manter a sanidade e a esperança.
Nelson Mandela é interpretado pelo ator Morgan Freeman, que foi escolhido pessoalmente por Mandela para interpreta-lo. Com sua larga experiência Freeman pode-se dizer que foi impecável na atuação e por vezes era confundido com o próprio Mandela. Já o capitão François Pienaar é interpretado por Matt Damon, cuja interpretação excelente deixa o espectador com a sensação de realidade. Clint e Morgan, não busca necessariamente a semelhança física, preferindo encarnar o espírito do personagem. É um conciliador, comprometido com um projeto que o supera, ou ultrapassa. A unidade é seu objetivo. Para atingi-la, é necessário respeitar e aceitar o outro.
O início de Invictus, é um flash desenhado rapidamente. Mandela ganhou as eleições, toma posse para uma nova etapa da história da África do Sul. Mas ele é empossado sob desconfiança da sociedade branca, que teme o revanchismo. Mandela mantém os burocratas da antiga administração em seus cargos, incorpora seguranças brancos aos negros que já formavam sua guarda pessoal.Carregado de tensões e desconfianças e, algumas vezes, Clint força a barra dramaturgicamente, no aumento dessa tensão. Há uma armação de atentado, na cena com a van, quando ele faz sua corrida matinal, assim como mais tarde o voo rasante sobre o estádio deixa o público em dúvida quanto às intenções dos pilotos.
O filme retrata o início do governo de Mandela, na África do Sul. Onde havia ainda muita segregação racial e grande fome de vingança pelos que viveram oprimidos durante o apartheid. Para conseguir reduzir essa diferença, Mandela divisou uma grande oportunidade no Rugby, esporte praticado no país. Com a proximidade da Copa do Mundo de Rugby, que seria disputada em breve, o presidente procurou se aproximar do jovem capitão, que acabara de assumir o posto, para fazer do time um vencedor com chances reais de ganhar o torneio e se aproximar da população. Para tanto, ele usa o texto Invictus já citado, que tem frase forte no final: ”Não importa o quão estreito seja o portão e quão repleta de castigos seja a sentença, eu sou o dono do meu destino, eu sou o capitão da minha alma”.
Mandela é um político estrategista que triunfa e o filme é a história da escalada de sua estratégia. Ele não muda ao longo do filme e, sim, o mundo. Se mostra uma fortaleza humana que sabe o que quer. "Invictus" tem vários momentos que são de emocionar até o mais duro dos homens. O filme nos mostra como coisas simples são motivadoras de multidões, como o esporte pode unir diferentes povos e até inimigos e como as oportunidades podem passar despecebidas aos nossos olhos (mas não aos de Nelson Mandela).
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