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Irã X Potências Ocidentais
(Tiago Augusto Lippi Garbin)

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A cada novo dia, novas notícias são disparadas por todos os meios de comunicação conhecidos acerca do programa nuclear iraniano, suas reais intenções e as pressões das potências ocidentais para que o Irã pare com seu programa de enriquecimento de urânio que, segundo seus críticos, tem como principal objetivo, o desenvolvimento de uma arma nuclear.
 
  Ao analisar a conjuntura político-econômica do Estado iraniano, depara-se com um país marcado pela intolêrancia com os críticos, pelas intensas manifestações contra seu governo e as mais intensas represálias das forças do governo. Quantos vídeos existem na internet de cenas horrendas de manifestantes sendo espancados pelas ruas de Teerã? Quantas postagens clandestinas em sites de relacionamento de iranianos contrários às políticas do governo de Mahmoud Ahmadinejad ou de estrangeiros presentes naquele país relatando os horrores que vivem? São inúmeros, assim como como os demais fatores que tornam o país alvo da desconfiança internacional.

  Cada nova rodada de sanções das Nações Unidas, sendo a mais recente aprovada neste dia (09/06/2010), força o regime dos aiatolás a forte um isolamento internacional, expondo seu governo e demais entidades públicas ou privadas à desconfiança e desmoralização internacional. Não que as medidas da ONU seja equivocadas mas, qual o resultado quando se cutuca a onça com vara curta? Há que se julgar também as razões pela qual os países do Ocidente, principalmente as potências que ocupam assentos permanentes no Conselho de Segurança da ONU (EUA, Reino Unido, França, Rússia e China) insistem em repreender de forma tão veemente e intensa o programa iraniano afinal, todos também possuem seus arsenais nucleares devidamente guardados e prontos. 

 Com certeza a postura iraniana, aliada ao seu regime de radicalismo e reclusão contribui para esta desconfiança e resulta nestes acordos de sanção mas, seria julgar antecipadamente e de maneira errada que o país não irá cumprir o acordo de troca de urânio firmado com o Brasil e a Turquia? Agora, muito provavelmente, o Irã irá fazer com o acordo o mesmo que disse que irá fazer com as sanções aplicadas hoje: jogar no lixo.



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