Os três tipos de signos na produção de significação
(Teixeira Coelho)
Os três tipos de signo, ícone, índice e símbolo nem sempre aparecem puros nas operações com signos. Um ícone pode aparecer como um índice quando, por exemplo, o desenho de um homem aparece na porta do banheiro, indicando. É um um indício iconográfico. E podem haver vários tipos de combinação nessas operações com os três tipos de signos. O que se forma na mente do receptor do signo muitas vezes também não é algo puro em relação aos signos. Os ícones trazem na consciência das pessoas as intuições e sensações, sem a preocupação de analisar, definir ou concluir sobre eles. É o caso das pinturas e fotos. São responsáveis por um estado de espírito de contemplação, e em muitos casos, de revelações e descobertas. Os índices têm efeito contrário. Eles requerem de seu receptor um esforço no sentido de interegir com ele. Uma seta indica o caminho, mas o receptor tem que estar procurando o caminho, analisar em qual direção a seta segue e estar disposto a percorrê-lo. Através do tipo de nuvem, ele deve fazer uma esforço para concluir se será uma chuva forte ou não. Os ícones levam o sujeito a intuir e descobrir coisas novas. Os índices apenas apontam para informações que já sabemos que existem através do que já vivenciamos ou do que outras pessoas nos contaram. A consciência simbólica é mais investigativa, quer saber o porquê dos objetos. Ela se vale da lógica das coisas. Enquanto o índice diz que vai chover, o símbolo se preocupa em saber quando e porquê choverá novamente. A consciência iconográfica opera a partir da analogia, a consciência indiciai serve para ajudar em operações, enquanto a simbólica se serve da lógica.
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