Vegetação, hidrografia e fauna da região amazônica
()
Vegetação e Hidrografia
Vista de avião, a floresta amazônica aparece como um todo denso e fechado. Os poucos claros naturais dissolvem-se na imensidão verde desta floresta equatorial.
A floresta equatorial, que reveste todo o território do estado, diferencia-se em dois tipos: a mata de terra-firme, onde se destaca a castanheira, e a mata de várzea, onde se destaca a seringueira. Registram-se ainda pequenas ocorrências de campos limpos, nas várzeas, e campos cerrados, nas terras firmes.
A mata é a tal ponto densa que mesmo os riachos ou igarapés que a atravessam, totalmente cobertos pela espessa vegetação, não oferecem passagem a não ser a golpes de facão.
À medida que se aproxima dos rios, a mata vai-se tornando menos cerrada, as árvores mais baixas e, de modo quando em quando, aparecem longas clareiras – são os campos de várzea. Por ocasião das enchentes, a água cobre toda esta superfície, destruindo grandes porções de floresta e deixando estes claros em seu lugar.
“Um oceano feito de rios” – é a impressão que se tem ao penetrar na Amazônia. E a expressão não é apenas figurativa. Parece certo que, até o período terciário, o vale amazônico teria sido um imenso canal de comunicação entre o oceano Pacífico e o oceano Atlântico, separando duas ilhas-continentes que viriam a constituir mais tarde o planalto das Guianas, ao norte, e o planalto Brasileiro, ao sul. Os grandes movimentos da crosta terrestre ergueram então, a oeste, a cordilheira dos Andes, que se converteu numa barreira entre os oceanos: o canal transformou-se num enorme lago, ligado apenas no Atlântico.
Com o tempo, aterros sucessivos foram definindo a rede hidrográfica em direção a leste, escoando lentamente as águas até chegar à situação atual. Os sedimentos carregados pelos rios teriam formado não só os milhares de ilhas da foz amazônica, como a própria planície.
A rede de drenagem é comandada pelo Amazonas, que, juntamente com os principais afluentes, mantém curso francamente navegável até os limites do estado. Ao longo dos rios observam-se numerosos lagos, entre os quais se destacam os de Coari, Badajós, Piorini e Canaçari.
Certos rios, mais do que outros, afastam-se do leito ao menor aumento da pluviosidade. Alagando vastas superfícies da floresta, carregam grande quantidade de sedimentos, que depositam em outros locais, formando – e em seguida desfazendo – enormes ilhas, que às vezes são flutuantes e percorrem centenas de quilômetros. Apesar de suas águas barrentas, estes rios são denominados “brancos”, por oposição aos “negros”, que não transportam quase sedimentos.
Apesar de enorme extensão da rede hidrográfica, as terras da Amazônia não são rigorosamente planas: boa parte da planície é constituída por terras altas ou “terras firmes”, ao abrigo das inundações. É o que se chama também de baixo-platô amazônico, com áreas algumas vezes 100 metros acima do nível do grande rio.
Fauna
A fauna é característica da selva tropical fechada sul-americana, onde impera a onça ou jaguar como o felino mais representativo. Compreende também antas, caititus, primatas, capivaras, cervídeos, uma das maiores concentrações de aves do mundo, sobretudo psitacídeos (araras, papagaios) e rapineiros, fauna aquática opulenta em peixes, mamíferos, crocodilos, e ainda a mais extraordinária reunião de insetos do planeta.
Resumos Relacionados
- Floresta Amazônica
- A Vegetação Do Brasil
- Aspectos Físicos Da Região Norte
- Os Rios: PulmÕes Da AmazÔnia
- Rio Amazonas
|
|