Criação poética
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Criação poética
Meu caro matemático,
Dois mais dois são quatro.
Isto é fenômeno real
Qual à equação exponencial.
Porém, o poeta é enfático,
Além, de ser bem prático.
Até quando usa a métrica
Torna-se elástico...
A ciência é sistemática
Como o peixe é aquático.
Preso em seu hábitat.
O poema é poemático
Com muito lastro
Ao infinito eterno.
Desnudo-moderno
Com infinito mastro.
E sem usar terno,
É alegre-dramático
Do céu ao inferno...
Sem nenhuma bravata
Às vezes vem de gravata.
Dependendo da temática
D’um sonhar sempiterno.
Assim é o poema do poeta...
Plantio do amor
Plante o amor
E troque espinho
Por suave flor.
Cuide do visinho
E jamais terá a dor
De estar sozinho.
Solitude e tremor
É falta de amor
A fé traz a paz
E o amor vem atrás
No mesmo caminho.
O mal é fugaz,
O bem é eterno,
O mal é fugidio,
Sentimento arredio.
Eis o bem que o bem faz:
Passar bem ao inverno,
E o mal, tormentoso inferno.
Eis os intrincados problemas da consciência humana.
O perfume colorido
Sinta o aroma
Jamais sentido,
Deste perfume
Melífruo e colorido.
Que em si se assoma
No bom costume
Do nobre sentido.
Amar é colocar
Num alto altar
O pulsar do coração
Sem nunca trocar
O bem pelo mal.
Amar é pensar
No bem-estar
De todo o irmão.
É estar cristalino.
É se ver pequenino.
É ser velho rapaz
Com coração de menino.
É estar muito além
Do próprio destino.
Amar é ser o bem
De não ser clandestino.
O verdadeiro amor se encontra na mente impoluta.
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