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Quente ou frio?
(fernando canzian)

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Quente ou frio?

Depois do PIB "chinês" do primeiro trimestre, seguem um tanto embaraçadas as expectativas sobre o comportamento da economia brasileira até o final do ano.

Em abril teria havido, quase seguramente, uma freada. Mais por conta da diminuição da produção industrial, que pisou no acelerador até março para aproveitar o aumento nas vendas que os descontos no IPI provocaram.

O comércio ampliou seus estoques por conta disso e, procurando direito, havia produtos ainda sem a cobrança do imposto sendo vendidos até o início de maio.

Vários dos indicadores que costumam antecipar o resultado do PIB (consumo de energia, produção de veículos e de papelão para caixas) voltaram a crescer em maio e estariam em bom ritmo em junho.

Para conter um crescimento que pode ser exagerado a ponto de pressionar a inflação, o Banco Central vem elevando a taxa básica de juros. Mas a grande incógnita sobre o futuro segue, no entanto, fora de controle do Brasil.

Ainda é muito grave e nebulosa a situação dos dois principais blocos econômicos do mundo, EUA e a zona do euro. Depois do rápido aumento do endividamento público a partir de 2009 para tirar o globo da Grande Recessão, esses países estão agora ensaiando cortes de gastos e o fim de vários estímulos fiscais.

Em resumo, precisam economizar e equilibrar suas contas para não serem punidos pelo mercado, que tenderá a cobrar juros cada vez maiores para continuar financiando os rombos _o que só alimentaria um ciclo vicioso.

Nos EUA, o Congresso chegou a barrar um aumento do período em que os desempregados podem receber o seguro desemprego. Na Europa, a Grécia cortou salários e aposentadorias e decidiu vender até os Correios, enquanto a Alemanha, Espanha e Portugal preparam redução de despesas.

O resultado desse movimento pode ser um retrocesso rápido na tênue recuperação que essas duas áreas do mundo vêm ensaiando. Está longe de ter ganhado torque o crescimento norte-americano. E ele praticamente inexiste na Europa.

Para países como o Brasil (com necessidade de financiamento em dólares), o risco daqui em diante é se depararem com uma nova "secura" na oferta internacional de crédito. Isso não apenas para rolar as contas externas (que devem ficar US$ 40 bilhões no vermelho neste ano), mas também para financiar empresas e seus investimentos.

Seguramente a economia brasileira esteve muito aquecida no primeiro trimestre. Na média deste segundo, deve estar em ritmo bem menos inflacionário.

Será delicado o trabalho do Banco Central daqui em diante. De dosar a carga de juros diante de um cenário de aquecimento interno e de possibilidade de um novo esfriamento externo.



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