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Adeus ao Trabalho?
(Ricardo Antunes)

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7. A PREVALÊNCIA DA LÓGICA DO CAPITAL

Procura-se primeiro apontar alguns elementos que determinaram a derrocada da URSS a da equivocadamente chamada experiência socialista intentada neste século – ao contrario do que se diz hoje, a experiência soviética não concretizou os valores essenciais de Marx, e sim negou os pricinpais elementos de seu pensamento; assim as sociedades pós-revolucionarias não conseguiram se constituir enquanto sociedades socialistas, e nem a ruptura de 1917 foi capaz de vencer a lógica histórico-mundial, mesmo contemplando , em recortes nacionais, dimensões anticapitalistas.
O comunismo local, impossibilitado de desenvolver-se como força universal, seria sufocado pelas próprias forças do intercâmbio mundial. Sabe-se que não foi esta a trajetória russa: uma revolução singular, ocorrida num país atrasado, não teve como desdobramento a ocidentalização da revolução, daí para também nefasta tese staliniana do socialismo num só país, e seus vários e cada vez mais equivocados desdobramentos, como o do socialismo nos países coloniais, dependentes, atrasados etc., foi um passo muito rápido. A efetivação de uma transição isolada ou subalterna para o socialismo era uma impossibilidade objetiva. Imperativos materiais, da divisão social do trabalho herdada anteriormente e só parcialmente modificada; da estrutura objetiva, atrasada em seu início e obsoleta em seu desenvolvimento posterior.
O capital é um sistema de comando cujo funcionamento é orientado para a acumulação, sendo que essa acumulação pode ser garantida por diferentes caminhos, não há uma economia socialista nem uma sociedade onde os meios de produção estejam plenamente socializados ou mesmo em processo de socialização, o mercado mundial, é em primeiro lugar uma meta-esfera da produção de mercadorias das economias nacionais, impõe progressivamente em um contexto global a lei da produtividade, descrita por Marx – e que mais tarde avançaria de forma tão avassaladora que o resultado final disto estaria, ou seria estampado em 1989, a derrocada e o desmoronamento final do bloco soviético, que não conseguiu romper com a lógica, o domínio do capital.
Marx vivenciou a crescente subordinação destes países aos regramentos próprios do capital e do sistema produtor de mercadorias, a diferença mais evidente é que naquele trânsito o capitalismo tornou-se, ao final do processo, vitorioso, diferentemente da transição intentada no século XX, que não levou á superação do modo de produção capitalista.
Primeiro: os eventos de 1989 sinalizam uma nova era, da crise aguda do capital bem como a possibilidade da real de revivescimento de uma esquerda renovada e radical, o movimento socialista também se verá beneficiado pela intensificação das contradições sociais nas formas societárias que estão se configurando na ex- URSS e demais países do Leste Europeu.
Segundo: a análise das experiências revolucionárias do século XX nos permite concluir que a revolução social vitoriosa não poderá ser local ou nacional; somente a revolução política poderá confinar-se dentro de um quadro limitado. Do que se depreende que as ocorrências de revoluções políticas nacionais não levam á realização imediata e nacional do socialismo, uma vez que este supõe um processo ampliado e de dimensão universalizaste.
Terceira: as possibilidades reais de superação do capital ainda encontram como subjetividade coletiva capaz de efetivá-las a classe que vive do trabalho. Mais heterogênea mais complexificada e mais fragmentada é, entretanto, pela analise da sociabilidade do capital, o ser social ontologicamente ainda capaz de virar uma nova pagina da história.



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