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Adeus ao Trabalho?
(Ricardo Antunes)

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9. MUNDO DO TRABALHO E SINDICATOS NA ERA DA REESTRUTURAÇÃO PRODUTIVA: IMPASSES E DESAFIOS DO NOVO SINDICALISMO BRASILEIRO.
A crise que atinge o mundo do trabalho, seus organismos sindicais e partidários, é de proporções ainda não de todo assimiladas. Sua intensidade a agudeza devem-se ao fato de que, simultaneamente, atingiu a materialidade e subjetividade da classe-que-vive-do-trabalho. Não foram poucas as transformações vivenciadas nesta última década, atingindo centralmente os países capitalistas desenvolvidos, mas com fortes repercussões, decorrentes da mundialização e globalização do capital, no conjunto de países do Terceiro Mundo, especialmente aqueles intermediários, dotados de um significativo parque industrial, como é o caso do Brasil.
. O toylorismo e o fordismo já não são únicos, convivendo, no processo produtivo do capital, como o toyotismo o modelo sueco, entre outros. Tais mudanças têm conseqüências diretas no mundo do trabalho, especialmente na classe operária. A flexibilização da unidade fabril, a desconcentração da produção, a arrasadora desregulamentação dos direitos do trabalho, os novos padrões de gestão e envolvimento da força de trabalho. Produtividade da modernidade social acabou afetando a forma de ser do proletariado fabril, tradicional. A classe-que-vive-do trabalho metamorfoseou-se.
È nessa contextualidade adversa que se desenvolve o sindicalismo de participação em substituição ao sindicalismo de classe. Os primeiros, os sindicatos, foram forçados a assumir uma ação cada vez mais defensiva, cada vez mais atada á imediatidade, á contingência, regredindo sua já limitada ação de defesa de classe no universo do capital. Lutavam para manter o mais elementar e defensivo dos direitos da classe trabalhadora, sem os quais sua sobrevivência está ameaçada: o direito ao trabalho, ao emprego. A luta pelo controle social da produção, presente com intensidade dos anos 60/70, na Europa, e em tantos outros momentos da luta dos trabalhadores, parece cada vez mais distante. Cada vez mais atuando sob o prisma institucional, distanciando-se dos movimentos sociais autônomos, o sindicalismo vive uma brutal crise de identidade.
Nosso sindicalismo viveu, na década de 1980, ora no fluxo, ora no contra fluxo das tendências acima descritas. Diria que, na contabilização da década, seu saldo foi muito positivo. Houve um enorme movimento grevista, ocorreu uma expressiva expansão do sindicalismo dos assalariados médios e do setor de serviços, deu-se continuidade ao avanço do sindicalismo rural, em acesso desde os anos 70; houve o nascimento das centrais sindicais. O sindicalismo da força sindical, com forte dimensão política e ideológica, preenche o campo sindical da nova direita, sem capacitação cientifica dependente totalmente dos recursos forâneos. Se, entretanto, consegui traçar um quadro critico aproximando, o desfio mais urgente do nosso sindicalismo pode ser assim sintetizado: como se efetiva, no contexto de uma situação defensiva, uma ação sindical que de respostas ás necessidades imediatas do mundo do trabalho, preservando elementos de uma estratégia anticapitalista e socialista.



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