Adeus ao Trabalho?
(Ricardo Antunes)
11. O TRABALHO, A PRODUÇÃO DESTRUTIVA E DES-REALIZAÇÃO DA LIBERDADE
O neoliberalismo e a reestruturação produtiva eram da acumulação flexível, dotados de forte caráter destrutivo, tem acarreto, entre tantos aspectos nefastos, um monumental desemprego. Para a produção de mercadorias, que destrói o meio ambiente em escala globalizada.
Ao contrario dessas formulações, pode-se constatar que a sociedade contemporânea presencia um cenário critico, que atinge também os países capitalistas centrais. Paralelamente á globalização produtiva, a lógica do sistema produtor de mercadoria vem convertendo a concorrência e a busca da produtividade num processo destrutivo que tem gerado uma imensa sociedade dos excluídos e dos precarizados, que hoje atinge também os países do Norte.
Constitui-se num grande equivoco imaginar-se o fim do trabalho na sociedade produtora de mercadorias e, com isso, imaginar que estariam criadas as condições para o reino da liberdade, é, entretanto, imprescindível entender quais mutações e metamorfoses vêm ocorrendo no mundo contemporâneo, bem como quais são seu principais significados e suas mais importantes conseqüências. E a critica ás formas concretas da dessociabilização humana é condição para que se possa empreender também a critica e a desfetichização das formas de representação hoje dominantes, do ideário que domina nossa sociedade contemporânea.
Nas ultimas décadas, particularmente depois de meados dos anos 70, o mundo do trabalho vivenciou uma situação fortemente critica, talvez a maior desde o advento do capitalismo. O entendimento dos elementos constitutivos desta crise é de grande complexidade, uma vez que, nesse mesmo período, ocorreram mutações intensas, de ordem diferenciada e que, no seu conjunto, acabaram por acarretar conseqüências muito fortes no interior do mundo do trabalho.
A presença de bolsões de pobreza no coração do primeiro mundo, através da brutal exclusão social, das explosivas taxas de desemprego estrutural, da eliminação de inúmeras profissões no interior do mundo do trabalho em decorrência do incremento tecnológico voltado centralmente para a criação de valores de troca. Isso para não falar do terceiro mundo, onde se encontra 2/3 da força humana que trabalha em condições ainda muito mais precarizadas.
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