Gansos E GROUS - fábulas
(ESOPO)
Tranqüilos na campina, comiam folhas e sementes com brotos de ervas. Nesse bando de Gansos e Grous eles pareciam ter tudo em comum. Mas, eis que surgem alguns caçadores. Os Grous, graças a suas asas, levantaram vôo e fugiram para longe. Os Gansos correram, gritaram, bicaram os caçadores... De nada adiantaram suas ações defensivas. Os atacantes apanharam quantos Gansos quiseram levar. Que mais diremos, já que Esopo não conclui nada? Que lições podemos tirar daí? Os recontadores afirmam que isto se aplica aos Povos quando a Guerra chega e os exércitos invadem suas cidades, os Pobres, sem nada estão leves e fogem facilmente para as montanhas e florestas. Já os Ricos, com propriedades e tesouros, são todos apanhados pelos invasores. REVISÃO - É uma parábola bem ao gosto das Trevas e dos Ditadores. Fica sugerido que os leitores fiquem felizes por não terem nada, pois quando chega o ladrão, nada vai acontecer-lhes! E assim, os súditos das Sombras podem apoderar-se de tudo! Essa filosofia das entidades tenebrosas morre pela própria lógica de haver um Criador: Não foram as Trevas que criaram as riquezas; elas só as assaltam; elas são o Ladrão ou o Invasor que vai chegar; e são também o ambicioso contador da fábula desejando que seus escravos fiquem contentes em não ter nada. Desse modo os Feudais Medievais combinavam assaltos entre eles, colocando seus servos para morrer e perder o que tinham, e por fim os Nobres faziam um acordo... Depois se passavam, como protetores salvando os servos... Do mesmo modo decorreram Grandes Guerras no século passado! E somos todos tão bobinhos... Somos Pulguinhas nas costas de uma fera, pensando que participamos da briga com o Cachorro?... E não percebemos o jogo sujo das Trevas querendo que aceitemos ser devorados se somos gordos gansos ou não ter nada como os Grous para sermos devorados de outros modos que não se contam.
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