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Análise do cérebro prevê comportamento
(Paula Rothman)

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Análise do cérebro prevê comportamento

No estudo, a região do córtex pre-frontal medial foi usada para prever o comportamento dos indivíduos.

Em um experimento, cientistas conseguiram prever o comportamento futuro de pessoas baseado na análise de seus cérebros.

O feito impressionante é que os neurocientistas acertaram o comportamento dos voluntários com mais precisão do que eles próprios puderam relatar.

A equipe da Universidade da Califórnia Los Angeles (UCLA) utilizou ressonância magnética para medir as reações de uma área específica do cérebro. Os voluntários foram expostos a campanhas governamentais sobre a importância do uso de protetor solar e depois perguntados se iriam ou não aumentar o uso do produto.

Na maioria dos casos, as medições dos cérebros dos usuários revelaram com mais precisão quais seriam as suas atitudes do que as próprias respostas que deram.

A pesquisa, liderada por Matthew Lieberman, teria implicações tanto para a área médica como para o desenvolvimento de anúncios.

Você não fará o que acha que fará

O estudo tomou como base o fato de que existe uma grande falta de confiabilidade entre os que as pessoas acham que decidiram fazer e o que realmente farão.

Os pesquisadores usaram então a ressonância magnética para medir a atividade em uma região chamada “córtex pre-frontal medial”, localizada na frente do cérebro, entre as sobrancelhas. Essa região é associada com a chamada auto-reflexão, o ato de pensar sobre o que nós gostamos e não gostamos, nossas motivações e desejos. Além disso, esta é a área que os cientistas sabem ser desproporcionalmente maior em humanos do que em outros primatas.

Os 20 voluntários do experimento assistiram a slides e anúncios sobre a importância de usar protetor solar e, em alguns deles, foi constatado um aumento de atividade na região do cérebro analisada. Em seguida, os pesquisadores pediram para que os voluntários relatassem se pretendiam ou não aumentar o uso de protetor ao longo dos próximos sete dias. Uma semana depois, foi feito um follow-up: todos os voluntários relataram quantas vezes, de fato, usaram protetor solar.

O resultado mostrou que o método da ressonância revelou com precisão se ¾ das pessoas iriam ou não aumentar o uso de protetor solar após assistirem à campanha. Se fossem utilizadas somente as respostas dos indivíduos haveria menos de 50% de acerto. Ou seja: a análise de ondas cerebrais foi capaz de prever o comportamento dos indivíduos melhor do que eles próprios. Os pesquisadores supõem que, por algum motivo, nossa consciência possa não ser capaz de interpretar as mensagens que o corpo produz – mas a análise da região cerebral explicita o que nós mesmos não conseguimos compreender.

A pesquisa, publicada no Journal of Neuroscience, é parte de um estudo maior de como as ondas cerebrais de diferentes regiões podem ser importantes na hora de persuadir as pessoas sobre algo. Os resultados teriam implicações tanto em anúncios (o que motiva alguém a repassar um e-mail?) como na comunicação (como um professor pode falar de forma a prender a atenção dos alunos?).



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