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A Gravidade da Seca no Sertão
(Jane Lins)

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Parece uma piada, mais há muita água no Sertão brasileiro. Só que não se vê, não se pega, não pode beber, ela é imexível. É, o governo brasileiro por algum motivo um tanto que bizarro não deixa perfurar os solos áridos e inóspitos, aquela terra rachada e nua de Clima Tropical Semiárido,por que não dizer Árido todo, que está presente em todo o sertão nordestino ansiosa para frutificar. Terra dos mandacarus, caatingas, dos facheiros, xique-xique e muitos espinhos interessantes. Dos boiadeiros das vacas magras, das crianças barrigudas e desnutridas, de um povo forte e viril, com suas caras rachadas parecendo o solo em que pisam.

Isto mesmo, por que será que quando alguém abre a sua boca em público ou por questões sociais, ou políticas, não importa muito é silenciado pela ameaça hostil de algumas ramificações que misteriosamente não se interessam pelo assunto.

Bem embaixo do solo árido do Sertão há um imenso lençol de água, o paraíso para o futuro cruzamento de milhares de peixinhos e vidas que podem enriquecer a terra do pau-brasil. Ora é notório que na era da pré-história, onde os grandes dinos passeavam livremente pelas férteis terras que hoje são tão sofridas, as águas não deixaram de existir, elas apenas estão submersas.

Olhando bem, como seria de grande valor se o governo brasileiro voltasse seus olhos mais para baixo, deixassem de buscar a facilidade e partissem para o que realmente significa investimento. Não é tomando cachaça com os vizinhos, ou fumando o cachimbo da paz com seus compatriotas, ou “coisinhas” semelhantes como estas que se vai acabar com a seca do Sertão. Mas sim, com um pouco de disposição e boa vontade, principalmente quando um país tão grande geograficamente sofre de uma péssima infra-estrutura, terras mal divididas e inóspitas que de nada servem porque não são trabalhadas.

Nas grandes metrópoles sulistas existem os caras pintadas que se pintam para reivindicar os seus direitos, quer sejam nas “diretas já” ou em qualquer outra situação de desespero. No Sertão Nordestino, não se precisa pintar as caras porque elas já são rachadas por natureza, a natureza nua e crua do sofrimento estampado em rostos que já não conseguem segurar o desalento. Não se pintam, não saem às ruas, mas gritam por socorro e ao que parece, se depender dos maiorais esse socorro vai demorar algumas eras para chegar.



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