Psicologia Cognitiva
(Margaret W. Matlin)
Tomada de decisão
A tomada de decisão não se utiliza de regras estabelecidas e nem há a possibilidade de se saber se as decisões são corretas. Há três heurísticas básicas para entender o processo de tomada de decisão que são:
1.Representatividade: na qual é semelhante em características importantes da população da qual foi selecionada, ou seja, padrões muito ordenados. Esse elemento permite que as decisões sejam baseadas nessa representatividade e não nas probabilidades, o que pode estimular a cometer erros ao julgar características mais complexas. É importante analisar o tamanho da amostra que influencia na representatividade, aonde uma amostra maior apresenta, estatisticamente, maior probabilidade de refletir as verdadeiras proporções em uma população pois existem as falácias das amostras pequenas, a formação de esetereótipos a partir disso. A atenção à taxa de base é importante também pois revela a frequencia que um evento acontece. Existe também na representatividade, a falácia da conjunção, em que são formadas associações mais condizentes com um estereótipo
2.Disponibilidade: se dá de acordo com a facilidade de se pensar em alguma coisa, é relacionada com o efeito do viés da crença no raciocínio. A recenticidade está envolvida pois os itens mais recentes estão disponíveis na memória, assim como a familiaridade, produzindo uma distorção na estimativa de frequencia, o que envolve a quantidade de informações que recebemos do ambiente, distorcendo a frequencia dos eventos. Nisso tem a correlação ilusória que é um fator envolvido tanto em recentidade quanto frequencia, em que duas variáveis podem ser estatisticamente relacionadas, mesmo não havendo evidência sendo, um elemento em que pode ser focalizada uma situação com base nos preconceitos. Tem também a heurística da Simulação, envolvendo a capacidade com que nos lembramos de exemplos ou situações, dada a sua facilidade
3.Ancoragem e ajuste: ajustes que são feitos de forma pequena devido a força daquela âncora, podendo muitas vezes depender da heurística da disponibilidade. Essa heurística atua a partir de julgamentos, havendo uma dependência do processamento top-down. Por isso são feitas pequenas alterações no intervalo de confiança. Impede de ver características exclusivas da situação que poderiam exigir ajustes grandes que se afastem da âncora inicial
O Efeito de enquadramento na tomada de decisão demonstra que o resultado pode sofrer influência de dois fatores: o contexto básico da escolha e a maneira de se formular ou colocar uma questão. Há uma atenção para as informações básicas e não para semelhanças ou diferenças de estrutura profunda em um problema. Um príncipio aplicável nesse efeito é a evitação de riscos quando se lida com possíveis ganhos, sendo que há motivos diferentes para sofrerem a influência do efeito de enquadramento, podendo colocar o seu conhecimento de mundo ou não.
Existe a Superconfiança nas decisões, influenciada pelo formato de julgamento, tendo diferenças individuais relacionadas. Para isso, é importante encontrar evidências razoáveis e explicações alternativas para um fato. Incluindo na superconfiança, temos a falácia do planejamento, em que é subestimado o tempo, dinheiro ou qualquer outro recurso para completar uma atividade. A razão da superconfiança é quando as pessoas não sabem que seu conhecimento se baseia em fontes não confiáveis, inadequadas ou em pressuposições muito tênues, a falta de busca em provas negativas, a dificuldade em se lembrar outras hipóteses possíveis, colocando uma decisão dependente da memória ou quando se lembram de outras hipóteses possíveis, a decisão não é tratada com seriedade. E por fim, a superconfiança ocorre també devido a uma ação de profecia que se cumpre por si devido a alguma coisa observada nisso, é inferindo algum resultado futuro.
A retrospecção refere-se a superconfiança que a pessoa tem sobre fatos já acontecidos. Esse viés atua em relação a fatos e julgamentos pessoais. Há a técnica da metanálise para isso, que oferece um método estatístico para sintetizar numerosos estudos sobre um único tópico. Esse viés envolve a reconstrução de um julgamento anterior fazendo um novo julgamento do resultado, tornando-os coerente com a realidade ou o uso de ancoragem e ajuste.
Há os otimistas e pessimistas quanto aos estudos dessa questão. Visto que os otimistas, argumentam que as pessoas não são 100% racionais em suas decisões. Outras opiniões divergem pois afirmam que não se estudam as pessoas de maneira justa em seus contextos naturais.
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