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Devemos ser especiais onde estamos
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  Em um pomar de uma grande mansão, rodeada de jardins e pomares, protegida por um muro enorme, viviam árvores de frutos raros, que eram apreciados por seus donos de gosto aprimorado e que por isso, faziam questão de buscá-las em mais diversos lugares do mundo e depositá-las ali, para as admirar e provar de seus frutos cada vez que a mãe natureza lhes dava este privilégio. Pois bem, descansando em seus suculentos berços, aguardando a hora de sairem deles para germinarem, as sementinhas ouviam as conversas das árvores sobre suas aventuras naquele paradizíaco pomar, sobre os amores testemunhados, sobre as festas regadas a vinho francês, sobre o quanto era aconchegante viverem ali cercadas de cuidados...Uma sementinha, é lógico que teria certeza de seu futuro: de gloria, de paz, seria uma árvore muito feliz, ficava imaginando o que lhe aguardava, como é bom ter um destino certo...Naquele pomar também viviam muitos pássaros, que visitavam além dos limites daqueles muros, que conheciam outros lugares, outras pessoas e realidades, estavam ali de passagem ou se aninhavam nas copas frondozas das lindas árvores e ouviam as suas conversas...Um velho e sábio pássaro que se alimentava por ali, resolveu dar um destino diferente a nossa sementinha: comeu o fruto e depois levou-a para bem longe, depositando-a em um lugar bem diferente daquele que ela estava esperanda.Quando a sementinha desabrochou em um brotinho, não reconheceu aquele lugar como sendo o que ouvia as árvores comentarem, não haviam outras árvores, não havia cuidados, não havia amores e nem tão pouco festa, somente muita erva daninha e uma barulhada de crianças que parecia ensurdecer.A plantinha já não era mais uma sementinha e passou a se perguntar por que a mãe natureza lhe reservou um futuro tão cruel, vivendo longe de suas semelhantes, longe de tudo que ouvira e que parecia muito bom, as vezes ficava muito triste, as vezes brava; fez amizade com a vizinhança que era chamada de comunidade, mais achava que ali não era o seu lugar, as vezes ficava revoltada...Passou-se muito tempo, as crianças continuavam fazendo uma barulhada enorme, mais não eram as mesmas de outrora, aquelas como ela cresceram e traziam seus frutos para brincar ali no campinho da comunidade.Quando a árvore que já não era mais uma plantinha se preparou para ser mãe, ficou frustrada, o que iria falar para seus frutos? Ali não havia nada além de uma barulhada alegre e sem fim de muita crianças que jogavam bola, soltavam papagaio, sentava embaixo dela para descansar, até a abraçavam, diziam que a achavam bonita, não sabiam que árvore que era: pé de manga não era, pé de goiaba não era, seria um pé de que fruto?Aquilo era divertido e muito bom, mais não era o seu lugar, seria mais feliz dentro dos muros da mansão.Quando seus frutos despontaram ela nem teve chance de pensar em tudo aquilo, pois foi um  alvoroço, uma visitação tão grande que não deu nem para pensar.Agora dava para saber que fruto era, será que era veneno?As crianças colheram um fruto ainda que verde e saíram pela comunidade para fazerem um invetigação: quem saberia dizer que fruto era aquele?
     Dona Zita, que trabalhava a muitos anos em uma mansão alí nos arredores reconheceu o fruto e quiz saber onde os meninos o haviam arrumado, pois era como os frutos de  algumas árvores que existiam lá onde ela trabalhava, e que os patrões tinha orgulho de dizer que haviam trazido do exterior...Os frutos eram muito bons e quando as árvores os produziam todos podiam saboreá-los, fazia-se suco, compotas, geléias e se comia natural também.A revelação foi um festa e aquela árvore foi festejada mais ainda e respeitada e amada pelas crianças da comunidade.Não fosse aquele velho e sábio pássaro, a sementinha que agora é uma grande e respeitada árvore seria só mais uma na mansão de fidalgos, hoje ela pode ser apreciada por pessoas as vezes que não podem comprar nem um pão, a árvore sentiu-se grata pelo destino dado a ela pela mãe natureza, pois hoje pode servir aos humildes, ser amada e respeitada, ter dignidade onde está, ser útil onde está.     



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