BUSCA

Links Patrocinados



Buscar por Título
   A | B | C | D | E | F | G | H | I | J | K | L | M | N | O | P | Q | R | S | T | U | V | W | X | Y | Z


Argumentos contra os transgênicos
(Norrel Obonssa Momacea)

Publicidade
Para contrariar o uso de transgênicos, geralmente empregam-se os seguintes argumentos:
• Os transgênicos podem prejudicar a biodiversidade, por três motivos: o uso elevado e contínuo de agrotóxicos, a contaminação genética fruto da polinização cruzada e a uniformização genética resultante do plantio extensivo de monoculturas de variedades geneticamente alteradas.
• A poluição genética é um risco enorme com os transgênicos – se alguma variedade geneticamente modificada é liberada na natureza, ela pode alcançar sucesso evolutivo e causar a extinção de espécies nativas.
• A propagação de variedades transgênicas por algumas poucas multinacionais causa uma uniformização genética responsável pela vulnerabilidade do cultivo. Dessa forma, como há menos diversidade, pragas, doenças e mudanças climáticas atingem todo o cultivo, o que compromete a segurança alimentar. Extinções locais de variedades de alimentos já é uma realidade provocada pela uniformização genética, que irá piorar com a disseminação dos transgênicos.
• Os transgênicos não irão acabar com a fome no mundo; segundo a ONU, produz-se mundialmente 1,5 vezes a quantidade de comida necessária para alimentar toda a humanidade: o problema é a distribuição desse alimento, que é desigual.
• O aumento do número de transgênicos fortalecerá grandes multinacionais como a Monsanto, mas enfraquecerá os agricultores, que ficarão sempre dependentes das sementes vendidas por essas empresas. Isso é uma realidade: as empresas que desenvolvem os cultivares transgênicos cobram royalties para sua utilização, e por contrato, o agricultor não pode guardar as sementes ou passá-las adiante. A Monsanto desenvolveu a tecnologia Terminator, produzindo sementes que, quando plantadas novamente, são incapazes de germinar (estéreis). Assim, o agricultor deve comprar novamente as sementes da empresa, tornando-se dependente da multinacional e possivelmente endividado.
• Como o efeito de um gene no fenótipo depende da interação deste com o resto do genoma e também o com o ambiente, muitas vezes é impossível prever o resultado que terá a manipulação genética, ou possíveis efeitos colaterais.
• Os AGM (alimentos geneticamente modificados), na grande maioria dos casos, são feitos para serem resistentes a um agrotóxico específico, como a soja Roundup Ready, resistente ao herbicida Roundup. Isso provoca um uso ainda maior dos agroquímicos na plantação, que pode incorporar resíduos destes. Além disso, estes agrotóxicos podem contaminar lençóis freáticos e ecossistemas inteiros, comprometendo a biodiversidade.
• Graças à polinização cruzada, variedades transgênicas podem contaminar variedades semelhantes, inclusive selvagens, da mesma espécie, o que pode levar à criação de super-pragas (resistentes a herbicidas).
• O modelo de agricultura transgênica não é sustentável, porque leva à utilização intensiva de agrotóxicos, que podem eliminar populações locais de minhocas, abelhas, e outros animais e plantas essenciais para a manutenção do solo e dos ecossistemas locais.
• Os transgênicos causarão uma dependência ainda maior dos países pobres em relação aos desenvolvidos no que se refere à produção de alimentos, já que apenas alguns poucos países industrializados detêm o controle da tecnologia dos transgênicos (pelo menos em relação à sua produção e comercialização em massa).
• O agricultor fica submetido às poucas empresas multinacionais que monopolizam o comércio de transgênicos (Monsanto, Novartis, Pioneer e Agrevo). Os países ricos, que detêm a tecnologia, ficarão ainda mais em posição de ditar o preço das commodities, prejudicando os países pobres agroexportadores.
• O modelo de agricultura transgênica leva à exclusão do pequeno agricultor que não tem condição financeira de comprar as sementes geneticamente modificadas. Agora, além do agricultor não ter terra, ele corre o risco de ficar também sem semente.
• O monopólio do comércio de transgênicos por algumas poucas multinacionais permite que elas ditem o preço das sementes, o que é extremamente indesejável para toda a sociedade.
• Pelas razões expostas acima, a disseminação do cultivo de transgênicos aumentaria o abismo econômico entre países ricos e pobres, e a dependência destes últimos para com os primeiros.
• Apenas 12 países liberaram os transgênicos, e segundo pesquisas realizadas na Europa, quase 80% da população não deseja consumir esses alimentos. Aliás, a União Europeia é contra os transgênicos e não importa alimentos geneticamente modificados, principalmente em função da opinião pública. Verifica-se, assim, que o consumidor é contrário aos transgênicos.
• O Brasil tem várias normas para liberação de transgênicos, e possui uma lei de rotulagem desses alimentos semelhante à da União Europeia; porém, no Brasil, esta lei não é seguida. Assim, priva-se o consumidor de seu direito de escolha, já que ele não é informado se está comendo um alimento transgênico. Além da rotulagem dos alimentos, a delimitação adequada dos cultivos transgênicos e convencionais, separando-os para evitar a polinização cruzada e contaminação, deveria ser seguida com mais rigor.
• Não se podem identificar os efeitos que os transgênicos terão no organismo, no meio ambiente e na economia a longo prazo. Por exemplo, levou-se 45 anos para identificar que o CFC era prejudicial à camada de ozônio, e por muito tempo o DDT foi considerado inofensivo à saúde humana. Estudos conclusivos levam tempo, e seus resultados podem ser mascarados para não comprometer o lucro das empresas multinacionais que comercializam transgênicos.
• Projetos como o do arroz dourado (geneticamente modificado para conter carotenos), que visam resolver o problema da fome, nunca são levados a cabo porque não geram lucros para as grandes empresas capazes de difundir os transgênicos, como a Monsanto.



Resumos Relacionados


- A Polémica Sobre Os Transgénicos

- Genética - Eua Apóia Os Transgênicos

- Alimentos TransgÊnicos

- Alimentos Transgênicos Na Nossa Mesa

- Os Riscos Dos Transgênicos: Como Reconhecê-los



Passei.com.br | Biografias

FACEBOOK


PUBLICIDADE




encyclopedia