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Escola e Democracia
(Dermeval Saviani)

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Escola e Democracia – As Teorias da Educação e o problema da Marginalidade
As teorias críticas e não-criticas podem ser consideradas grupos que possuem visões diferentes a respeito de alguns aspectos. Tais aspectos são: Sociedade, Marginalidade e Educação.
As teorias não-criticas consideram a sociedade como sendo harmoniosa, interligando-se com a marginalidade no sentido de que esta é um “acidente” na sociedade, é um fenômeno que deve ser corrigido, e é nesse ponto que entra a Educação: como um instrumento de correção para a distorção, tal qual a marginalidade é considerada. De acordo com as teorias não-críticas, a educação tem como pretensão a superação da marginalidade, reforçando laços sociais e integrando os indivíduos à sociedade, possuindo, dessa forma, um papel responsável por manter uma sociedade igualitária e que garante a equalização da sociedade, pois teoricamente daria oportunidade a todos através da escola.
Por outro lado, as teorias críticas consideram a sociedade como sendo dividida no que diz respeito às suas classes, sendo que a força é determinante de que grupo possui domínio, ou seja, o grupo que possui mais força é o grupo dominante, e os demais são marginalizados. Desta forma, para as teorias críticas a marginalidade é um fenômeno que surge a partir da própria estrutura da sociedade, o problema da marginalização não é focado no indivíduo em sim, e sim na sociedade na qual esse indivíduo está inserido. A partir dessa idéia, essa teoria afirma que a educação, portanto, é justamente um instrumento de marginalização, visto que na própria escola são refletidos valores que remetem à exclusão a partir da marginalidade cultural, isto é, reproduz a marginalização dentro de sua própria estrutura. A educação, portanto, reproduz a sociedade.
Pedagogia Tradicional
A origem dos sistemas nacionais de ensino teve como foco a burguesia, juntamente à idéia de que a educação seria um direito de todos. A partir do ensino, se tornaria possível acabar com a ignorância e conseqüentemente com a marginalidade, uma vez que a ignorância seria a causadora da marginalização. Desta forma, “súditos seriam transformados em cidadãos”, o antigo regime seria superado e a burguesia se consolidaria no poder.
Surge, então, a escola, com o intuito de transmitir conhecimentos a partir de professores, que transmitem esses conhecimentos para os alunos, que devem assimilá-los. O foco do processo de ensino está, portanto, no professor.
Esse modelo de escola não foi favorável – não atingiu a universalização, pois nem todos os indivíduos ingressavam ou eram bem sucedidos, e nem sempre os bem-sucedidos se ajustavam à burguesia. A partir desse ponto, surge uma nova pedagogia.

Pedagogia Nova

A nova pedagogia propõe que a ignorância não causa de forma predominante a marginalização, pois nem sempre alguém que não possui conhecimentos é marginalizado, o marginalizado é o rejeitado, é aquele que não é aceito pelo grupo não necessariamente porque não é ilustrado. Aqui, o foco do processo de ensino está no aluno, o professore considerado um facilitador da aprendizagem.
Na pedagogia nova, forma-se um movimento chamado escolanovismo, que consistia em uma reforma no modelo de escola. Essa escola propõe que, sendo os indivíduos únicos e diferentes, a organização escolar deveria ser de tal modo que focasse as áreas de interesse de cada um. Além disso, uma vez que possuíam a concepção de que a aprendizagem é decorrente do ambiente e das relações interpessoais, as escolas seriam dotadas de bibliotecas, material didático rico, etc. Esse tipo de escola requer um alto custo, portanto ficou apenas no papel de escola experimental, direcionada a pequenos grupos.

Pedagogia Tecnicista

Nessa pedagogia, indivíduo marginalizado é um indivíduo incompetente, improdutivo. O foco do processo de ensino está nas técnicas, em outras palavras, é um modo de ensino operacional, técnico e racional, no qual os alunos e professores estão em segundo plano, dando margem à organização racional dos meios, a fim de alcançar a garantia de eficiência a partir de meios técnicos de transmitir conhecimento. O importante é aprender a fazer.
Com a pedagogia tecnicista, o problema da marginalização se agravou, altos índices de evasão e repetência começaram a aparecer, aumentando ainda mais o caos na educação.



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