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Psicologia Positiva
(José Henrique Barros de Oliveira)

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Na actualidade, assume-se cada vez mais um movimento composto por estudos no âmbito da chamada psicologia positiva, a qual enfatiza as emoções positivas, tais como o bem-estar, satisfação com a vida, felicidade, alegria, optimismo, esperança, sabedoria e o perdão. De facto, tenta-se progressivamente quebrar a tendência negativa dos temas psicológicos, demasiado centralizados no funcionamento negativo da personalidade e em emoções negativas, nomeadamente a depressão, ansiedade, violência e culpa.Neste sentido, a Psicologia Positiva pode ser definida enquanto ciência que estuda a experiência subjectiva positiva, as potencialidades e virtudes humanas, bem como as instituições que promovem a qualidade de vida, fornecendo simultaneamente pistas para a compreensão e desenvolvimento dos factores que permitem a prosperidade dos indivíduos e das comunidades.O movimento da Psicologia Positiva foi iniciado sobretudo com autores da psicologia humanista, tais como Jung, William James, Allport e Maslow. Posteriormente, atribui-se particularmente a M. Seligman, antigo presidente da American Psychological Association (APA) e autor do livro Optimismo Aprendido.Este novo campo da Psicologia emerge na última década, como uma área de estudo científico própria, vibrante e multifacetada, que vai para além de uma perspectiva centrada nos problemas e nas patologias, para se endereçar teórica e empiricamente às melhores qualidades de vida, nos âmbitos individual, subjectivo e grupal.Não sendo possível ao autor tratar todas as emoções positivas neste livro, este aborda algumas das consideradas mais importantes e mais estudadas. Para esse efeito, o livro é apresentado em 9 Capítulos. O primeiro é o capítulo dedicado ao AMOR, fenómeno caracterizado pela sua enorme complexidade, e simultaneamente uma emoção essencial à vida humana. De facto, o indivíduo sempre se conheceu com a capacidade de amar e ser amado. O autor explica que esta é uma emoção que, apesar do que se poderia pensar, não renuncia à cognição e expressa-se numa multiplicidade de comportamentos, tais como a utilização de palavras e de expressões não-verbais. É possível afirmar que o amor satisfaz as necessidades humanas fundamentais, estando presente ao longo de todo o desenvolvimento pessoal do sujeito, embora com intensidades alternáveis.No segundo capítulo, o autor procura definir a FELICIDADE, apontar as características, indicadores e factores associados a esta emoção, avaliá-la e também fornecer uma interpretação neurológica da felicidade. De facto, a procura de felicidade é considerada o objectivo último da existência humana e, portanto, impõe-se promover a felicidade e o bem-estar das pessoas. Daí que os psicólogos estejam cada vez mais atentos à personalidade e comportamento humanos associados a este conceito.O terceiro capítulo versa sobre a ALEGRIA, que está intimamente relacionada com o SOR(RISO) e o SENTIDO DE HUMOR, bem como com a felicidade e o bem-estar. Estas são emoções encaradas como muito importantes a nível pessoal e social.Segue-se um capítulo acerca do OPTIMISMO, explicitando os conceitos de optimismo e de pessimismo, que dizem respeito às expectativas dos indivíduos relativamente aos seus futuros. As raízes destes construtos remontam a séculos de sabedoria popular e a uma vasta gama de teorias psicológicas acerca da motivação. Efectivamente, diversos estudos apontam para uma relação entre a influência do optimismo e do pessimismo no comportamento e nas emoções dos indivíduos, promovendo o bem-estar físico e psicológico. Do ponto de vista evolutivo, o optimismo revela-se uma característica da espécie humana que desempenhou um papel significativo na selecção natural, pelos seus benefícios para a sobrevivência. O quinto capítulo trata a ESPERANÇA, que é um conceito que pode ser descrito como a combinação entre as cognições de um sujeito acerca da sua capacidade para desenvolver meios para concretizar os seus objectivos e a capacidade de se manter motivado para os atingir. Assim sendo, a esperança diz respeito a uma forma de pensamento (i.e., cognição), ao passo que as emoções são um resultado dessa esperança, que por sua vez a condicionam. Neste sentido, um sujeito com muita esperança deverá apresentar emoções positivas de modo continuado, enquanto que alguém com pouca esperança revelará apenas emoções negativas.O PERDÃO é abordado no sexto capítulo, tamanhas são as suas consequências para a nossa saúde física (os sentimentos de cólera provocam um aumento da pressão sanguínea e prejudicam o coração) e psíquica (pois libertamos o espírito de pensamentos negativos).O sétimo capítulo é dedicado à natureza da SABEDORIA, bem como à avaliação e necessidade desta emoção positiva. Este é um construto complexo e multidimensional, implicando níveis de desenvolvimento cognitivo e afectivo muito elevados.No oitavo capítulo, o autor reflecte acerca da interpretação psicológica da BELEZA e da perspectiva histórica associada a este conceito.E, por fim, o último capítulo aborda o SENTIDO DA (PARA A) VIDA, nomeadamente fazendo uma reflexão cuidada acerca da importância de re-humanizar a Psicologia. Este capítulo não se dedica à análise de uma emoção, mas antes à análise de uma meta de convergência do processo de crescimento espiritual do sujeito. Pois, efectivamente, só ao procurar sentido para a vida e ao encontrá-lo, é que a pessoa se pode sentir feliz e realizada. Por seu lado, a procura de sentido para a vida é uma variável cognitiva, afectiva e motivacional fundamental para a qualidade de vida psicológica.Em suma, a força maior do indivíduo não é a vontade de prazer, tal como defendia Freud, nem a vontade de poder preconizada por Adler, mas sim a vontade de sentido, com Nietzsche a afirmar que quem ter porque viver, pode de alguma forma suportar qualquer modo de viver.



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