Sobre as falésias de mármore
(Ernst Junger)
Esta obra que alia um halo de fantasmagoria entre lírica e inquietante e uma precisão quase maníaca na descrição dos pormenores, não fora Junger um grande observador e coleccionador de insectos, deverá tornar-se pelo que efectivamente é: um belo e lancinante testemunho de fé nos valores que constituíram o estilo milenário da civilização humana, então como hoje ameaçada de ruína iminente.
O texto Jungeriano, indubitavelmente uma das maiores criações literárias, estéricas e espirituais deste século, transcende toda e qualquer instrumentalidade epocal. Os símbolos e as forças que nele se chocam são de sempre, habitam desde que o mundo é mundo o coração e a inteligência dos homens, o que confere uma exemplaridade singular ao enredado conflito a cujo desenrolar assistimos, como quem lesse uma banda desenhada simultaneamente fantástica e de uma cruenta realidade.
Mas, quando o autor se despede de nós, mais do que a recordação das catástrofes e da maldade humana, o sentimento que nos domina é o de que algo de salvífico se acabará por impor e triumfar da avassaladoa e multímoda presença do mal
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