A ANDORINHA E A GRALHA - contos e fábulas
(ESOPO)
Em vôo rasante a Andorinha se exibia sobre a Gralha, desprezando-a por sua falta de graça no vôo e por causa de suas penas desbotadas em escura monocromática apresentação. A Gralha revidou: “Tu exibes tuas vestes somente na Primavera, enquanto que eu resisto com esta roupagem aos mais duros Invernos. A longevidade vale mais do que a beleza”. Dizem que isto se aplica aos que se desgastam como um meteoro e desaparecem em seguida. REVISÃO – Pelo que vemos, os Nazibolchevistas preferem praticar a Gerontanásia, matando os que julgam inferiores, porque não são mais capazes de marchar com seus pelotões descerebrados pomposamente bajulados como tropas de elite por seus vôos rasantes ou por terem suas penas desbotadas por muitos invernos vividos. Eles nem respeitam as Andorinhas por terem algumas penas pretas, portanto raça inferior nem as Gralhas por terem todas as penas da raça inferior e mais Invernos vencidos e, portanto já fora de sua utilidade... Não aceitam aposentar ninguém. Preferem matar! Quem se desgastar pelos vôos rasantes deve desencarnar para reencarnar na Raça Superior. E do mesmo modo quem desbota por longevidade, mesmo da tropa escolhida, deve desocupar o espaço vital para ser ocupado por quem se julga superior... Bela doutrina dos canibais, dos putralhas, habitantes da Putrálida, dos crocodilos cavernosos dos Reinos das Trevas: Todos devem orgulhar-se de serem gordos quitutes por terem sido devoradores dos seus semelhantes e orgulhar-se também de que serão o almoço de quem chega mais forte! E este, por sua vez, cederá suas banhas ao próximo! Esperamos outro Reino, com a ajuda de “Amar ao próximo como a si mesmo”.
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