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Sensação e percepção
(Harvey Richard Schiffman)

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 Constância perceptiva
 
Constância perceptiva é a capacidade desenvolvida pelo sistema perceptual de perceber os atributos básicos de um objeto como sendo constantes, independente das variações de estímulo que chegam aos sistemas sensoriais. O observador não percebe o objeto isolado, mas considera o contexto no qual ele está inserido. Essa habilidade do sistema perceptivo confere ao mundo certa estabilidade. Sem ela, certamente perceberíamos a realidade como um grande caos.

É possível destacar, em relação à visão, três tipos de constância perceptiva:

1.    Constância de luminosidade – a luminosidade de um objeto ou superfície permanece constante, embora a iluminação do local varie. Como luminosidade, entende-se o grau de claro ou escuro de um objeto, ao passo que iluminação se refere à quantidade de luz incidente no ambiente.  Para exemplificar, tomemos uma folha de papel em um ambiente pouco iluminado e outra em um local onde a iluminação é intensa. Certamente, se nos questionassem a respeito da cor da folha, não hesitaríamos em atribuir a mesma cor a ambas. Sendo distintas as intensidades de luz refletidas pelas folhas, por que lhes imputamos a mesma cor? A verdade é que o cérebro tem um mecanismo de compensação, no qual leva em conta as variações de iluminação geral do ambiente. Mas, para que essa compensação exista, é mister que a intensidade de luz varie no ambiente como um todo, isto é, que atinja tanto o objeto observado como seus vizinhos.

2.    Constância de tamanho – Percebemos o tamanho de um objeto como constante, a despeito da imagem que ele projeta na retina. Se fotografarmos duas pessoas em um corredor comprido, uma no início do corredor (e, portanto, próximo de quem bate a foto) e a outra no fim do corredor (distante do fotógrafo), certamente não atribuiremos maior estatura à pessoa mais próxima, embora esta forme uma imagem consideravelmente maior na retina, se comparada à pessoa que está no fim do corredor.A explicação para isso se deve à capacidade que possuímos de associar a imagem na retina às informações referentes à distância. Se o objeto está mais próximo de nós, naturalmente formará uma imagem maior na nossa retina, apesar de nem sempre possuir maior tamanho em relação a um que se encontra mais distante. Se não nos for fornecida qualquer informação acerca de distância, aí sim julgamos o tamanho de um objeto de acordo com sua imagem na retina.

3.    Constância de forma – A forma de um objeto é vista como constante, embora o observemos por diferentes ângulos e formemos diferentes imagens na retina. Podemos ver cubos em diversas posições, mas continuaremos afirmando que são cubos. No entanto, apenas percebemos a forma dos objetos como constantes se temos alguma noção da nossa posição em relação a eles. Sendo suprimidas essas informações, a constância de forma é comprometida.

Como já mencionado, a constância perceptiva nos permite ver o mundo organizado, dotado de sentido. No entanto, para que esta capacidade de observar os objetos como constantes se revele, nos três tipos de constância, há uma condição elementar: que sejam fornecidas informações sobre o contexto.



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