Dona Flor And Her Two Husbands
(Jorge Amado)
Jorge Amado é o mais regionalista dos escritores brasileiros. Seus livros possuem o sotaque da Bahia, seus aromas e sua sensibilidade mestiça. Dona Flor é a Madame Bovary dos trópicos. Explicando a aparente piada, mas a afirmação é muito séria. Dona Flor vive o mesmo dilema de sua amiga francesa: um belo e sólido casamento com um homem honesto e trabalhador. Ou seja: um tédio de pessoa, um insuportável e tedioso cotidiano doméstico. A solução para a Madame Bovary foi o desastre psicológico e social do adultério. A sorte de Dona Flor foi a aparição do fantasma de seu antigo namorado, o devasso Vadinho, que vem lhe garantir delírios eróticos. Uma flor entre duas mãos: a que protege e a que extasia. Sem sentimento de culpa: afinal os mortos não incomodam os vivos e seu marido parece pouco vivo para perceber o amante que ressurge dos mortos. Dona Flor junta as duas metades e faz o casamento perfeito. Pobre Bovary, um caco, um trauma que não suporta a si mesma. Pobre Flor, despetalada entre o bom partido e o libertino adorável. Jorge Amado retrata pessoas e paisagens da Bahia, mas também realiza o imaginário de muitas mulheres. O casamento por conveniência não traz prazer, enquanto escolher apenas o amante impulsivo não traz segurança. Não é que Dona Flor conseguiu os dois? Um casamento do outro mundo, com os prazeres do nosso...
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