Magros, gordinhos e assim assim
(Isabel do Carmo)
Há apenas 4000 anos a vida transformou-se e alguns seres humanos começaram a viver em aglomerados urbanos e a construir abrigos. Há apenas 200 anos vivem em cidades de grandes dimenções. Há 50 anos o processo acelerou-se. Com essa evolução, o corpo humano foi mudando. E as fantasias de beleza também. Os jovens são dos mais sensiveis à questão do corpo ideal.Apesar de afastados directamente da natureza, raparigas e rapazes, mulheres e homens sonham com o paraíso imaginário, um corpo perfeito e sem mancha, no meio de água, ervas, árvores e bichos sem mácula e sem perigo.Esta fantasia da natureza tem um outro lado. O natural invadiu o comércio, que como sempre, é sensivel às condições subjectivas dos eventuais compradores. Entre esses, as mulheres são de certo o alvo principal. Mais sensiveis às questões da compatibilidade com a natureza, mais atentas aos sentimentos, talvez maiores vitimas da desadequação da cidade, ruas sonhadoras, são também mais vulneráveis em questões de pequeno consumo.O mito da beleza e a moda, há muito que se afastaram do natural. A noção de beleza tem-se submetido de tal forma ao comércio, tem atravessado tais oscilações que de certo há muito perdeu a ligação directa à biologia. Ao mesmo tempo, a alimentação também tem sofrido perigosas transformações. A tendência para o ideal da magreza aparece desde o principio do século XX, mas tem vindo a acentuar-se de forma assustadora.
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