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O Positivismo de Augusto Comte e a lei dos três estados
(Augusto Comte)

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A revolução Industrial no séc. XVIII, expressão do poder da burguesia em expansão, demonstrou a eficácia do novo saber inaugurado pela ci6encia moderna no século anterior. Ciência e técnica tornaram-se aliadas, provocando modificações no ambiente humano jamais suspeitadas. De fato, basta lembrar que antes do advento da máquina a vapor, usava-se a energia natural (força humana, das águas, dos ventos., dos animais)e, por mais que houvesse diferenças de técnicas adotadas pelos diversos povos através dos tempos, nunca houve alterações tão cruciais como as que decorreram da Revolução Industrial.
A exaltação diante desse novo saber e novo poder leva à concepção do cientificismo, segundo o qual a ciência é considerada o único conhecimento possível e o método das ciências da natureza o único válido, devendo portanto, ser estendido a todos os campos da indagação e atividade humanas. Neste clima, desenvolve-se no século XIX o pensamento positivista, que tem Augusto Comte como principal representante.

Para um rápido esboço do pensamento de Comte, vamos utilizar suas próprias palavras “Estudando, assim, o desenvolvimento total da inteligência humana em suas diversas esferas de atividade, desde seu primeiro vôo mais simples até nossos dias, creio ter descoberto uma grande lei fundamental, a que se sujeita por uma necessidade, e que me parece ser solidamente estabelecida, que na base de provas racionais fornecidas pelo conhecimento de nossa organização, quer na base de verificações históricas resultantes do exame atento do passado. Essa lei consiste em que cada uma de nossas concepções principais, cada ramo de nossos conhecimento, passa sucessivamente por três estados históricos diferentes: (...)
“No estado teológico, o espírito humano, dirigido essencialmente suas investigações para a natureza íntima dos seres, as causas primeiras e finais de todos os efeitos que o tocam, numa palavra, para os conhecimentos absolutos, apresenta os fenômenos como produzidos pela ação direta e contínua de agentes sobrenaturais mais ou menos numerosos, cuja intervenção arbitrária explica todas as anomalias aparentes do universo”.
“No estado metafísico, que no fundo nada mais é do que simples modificação geral do primeiro, os agentes sobrenaturais são substituídos por forças abstratas, verdadeiras entidades (abstrações personificadas) inerentes aos diversos seres do mundo, e concebidas como capazes de engendrar por elas próprias todos os fenômenos observados, cuja explicação consiste, então, em determinar para casa uma entidade correspondente”.
“Enfim, no estado positivo, o espírito humano, reconhecendo a impossibilidade de obter noções absolutas, enuncia a procurar a origem e o destino do universo, a conhecer as causas íntimas dos fenômenos, para preocupar-se unicamente em descobrir, graças ao uso bem combinado do raciocínio e da observação, suas leis efetivas, a saber, suas relações invariáveis de sucessão e de similitude”.
Para comte o estado positivo corresponde a maturidade do espírito humano, o termo positivo designa o real em oposição ao quimérico, a certeza em oposição a indecisão, o preciso em oposição ao vago. É o que se opõe a formas tecnológicas ou metafísicas de explicação do mundo.
Segundo Comte, “todos os bons espíritos repetem, desde Francis Bacon, que somente são reais os conhecimentos que repousam sobre fatos observados”.



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