A última oportunidade do homem
(Bertrand Russell)
A nossa época é dominada por um sentimento de perplexidade impotente. Vemo-nos impelidos para uma guerra que quase nenhum de nós deseja e que todos o sabemos, será desastrosa para a maior parte da humanidade. Mas, tal como o coelho fascinado pela serpente, fitamos com espanto o perigo sem saber como o evitar. Contamos umns aos outros histórias horrorosas de bombas atómicas e bombas de hidrogénio, de cidades arrastadas, de feroses hordas russas espalhando fomes e atrocidades por toda a parte.
De alma assim dividida entre o racional e o insensato, falta-nos firmeza firmeza de vontade para evitar os perigos que nos ameaçam. Em épocas tranquilas, o que há de insensato e doentio no nosso espirito dormita durante o dia e somente desperta à noite. Mas em tempos como o presente, a insensatez invade também as horas do dia e o pensamento racional empalidece e separa-se da vontade.
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