Resumo de Novo tratamento do cancro do ovário -

Sete meses, é quanto este novo tratamento contra o cancro no ovário permite aumentar a longevidade das doentes, segundo Daniel Pereira da Silva, Director do Serviço de Ginecologia do IPO de Coimbra.
Este especialista considera o medicamento "interessante", já que, pelos resultados que os estudos mostraram, a trabectedina vem afigurar-se como uma altaernativa muito capaz, pois hà ganhos em termos de sobrevivência na ordem dos seis/sete meses e com uma toxicidade menor. Este medicamento já está disponivel no mercado português.
Segundo a mesma fonte, a incidência do cancro do ovário corresponde a 4% de todos os cancros que a mulher pode ter, mascom elevada mortalidade. É um cancro extramamente agressivo, do qual não se conhece a história com natural exatidão e se desenvolve de uma forma muito explosiva. Enquanto outros tumores passam por fases pré-cancerosas e se vão desenvolvendo, o do ovário não.
A nível internacional e se o diagnóstico for precose, a sobrevida aos cinco anos pode ultrapassar os 90%. Com este tratamento é possível aumentar esta taxa com uma boa qualidade de vida, uma vez que a toxicidade é menor.
Esta cancro surge com maior incidência nas mulheres a partir dos 40/45 anos de idade e pós-menopausa. Não existe forma de rastreio actual, prevenção ou diagnóstico precoce. A única forma de prevenir é fazendo um exame ginecológico anual, no qual não é obrigatório que se faça uma ecografia.
Se o diagnóstico for precoce e o tumor estiver num só ovário, a probabilidade de cura é maior.
A nível de sintomas na fase precoce da doença, são pouco especificos: desconforto abdominal, mal estar e dores que se confundem com problemas intestinais.
Na fase adiantada há um aumento significativo do volume do abdómen e há mesmo a acumulação de liquidos, sinais de mau prognóstico e de o processo está a avançar com rapidez.
A terapêutica de primeira linha está consensualizada que é um tratamento com base no platino e nos texanos, oferecendo bons resultados em termos de sobrevivência, intervalo livre de doença e toxicidade.
Existem no entanto doentes que não respondem a este tratameno ou são platino- resistentes.
Também acontece findarem os ciclos das doses máximas de toxicidade e a doença persiste e aí recorre-se a tratamentos de segunda linha. Aí entra este novo tratamento , trabectedina que permite prolongar a vida da doente mais seis ou sete meses.
Uma esperança!

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