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Houve Uma Vez... Um Verão!
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O filme “Verão de 42” (Summer of 42) também conhecido como “Houve uma vez um verão”, apesar de não ter um orçamento de uma mega-produção de Hollywood, é muito rico em qualidade e conteúdo. É um romance que conta a história da bela Dorothy e a passagem da adolescência de três rapazes e tem como cenário uma pequena cidade de uma ilha que fica no Oceano Pacífico.
Tudo começa na praia com cenas da Ilha de Nantucket, com narração do próprio roteirista Herman Raucher, um homem de meia-idade que têm suas lembranças dispersas e que são embaladas por uma melancólica e delicada música que é tocada ao piano, cujo autor é um dos maiores compositores do cinema: o francês Michel Legrand. Quando termina, Raucher se encontra observando o mar e a ilha, recordando-se do verão que vivera ali, em 1942.
Ele retorna ao passado e revive Hermie (Gary Grimes), então um menino e seus amigos – o desbocado Oscy (Jerry Houser) e o tímido, Benjie (Oliver Conant) que vão passar férias de verão com seus pais numa ilha.
Assim como qualquer adolescente na faixa dos 14 anos, os três estão começando a descobrir os mistérios do sexo e da sedução. Mas cada um deles tem um ponto de vista diferente sobre a tão esperada primeira vez.
Para o metido Oscy, o que importa é a quantidade de mulheres que ele vai conhecer e “ganhar” nessas férias, enquanto o medroso Benjie fica suando frio só de pensar em se aproximar de uma menina. Hermie é o mais sério e maduro, e só pensa em conhecer uma mulher especial e viver um grande amor.
No meio das brincadeiras, os três encontram-se com um jovem soldado recém-casado, que leva sua esposa para sua casa, isolada na praia. Os meninos sentem-se hipnotizados pela beleza dela, especialmente Hermie, que não consegue mais tirá-la do pensamento.
Parece que o desejo de Hermie está bem próximo de torna-se realidade quando ele conhece Dorothy (Jennifer O’Neil), uma mulher bem mais velha do que ele.
Estamos no verão de 1942, Pearl Harbor , nessa época, tinha sido bombardeada em dezembro de 1941 pelos japoneses e os Estados Unidos estavam em guerra contra os países do eixo. Dorothy acaba de se despedir do seu marido e agora está passando um tempo na ilha enquanto espera o seu retorno. Ele é um piloto das forças armadas, enviado para lutar na 2ª Guerra Mundial.
A princípio, ambos se tornam bons amigos, mais com o passar do tempo, um forte sentimento invade o coração do jovem Hermie e ele tem certeza de que é o amor. Dorothy também começa a sentir uma afeição especial por aquele garoto e até o fim daquele verão eles vão se envolver em uma linda história de amor.
Esse filme tem várias cenas marcantes, como a de um dia, em que Dorothy vai para o centro comercial da cidadezinha, fazer compras e deixa cair os pacotes, Hermie surge e querendo dar uma de “homem forte” corre para ajudá-la e se oferece para carregá-los até a casa dela. Depois disso, ele retorna à sua casa, a convite dela, para auxiliá-la a guardar umas caixas pesadas no sótão – Dorothy sobe na escada, com um short e uma blusinha bem curta e ele fica embaixo olhando para as pernas dela; quando Hermie vai subir a escada, suas pernas ficam tremendo.
Também têm as seqüências inesquecíveis do cinema, em que o “garanhão” Oscy está paquerando a lourinha Miriam (Christopher Harris), juntamente com Hermie que está com a morena chamada Aggie (Katherine Allentuck) e o engraçado é que quem vê esse filme “Summer of 42” , assiste mais ao outro que está passando no cinema, do que os próprios Hermie e Oscy, que estão mais preocupados em tentar passar a “mão boba” nas garotas.
E o que dizer das cenas em que o nosso herói vai comprar preservativo na farmácia, que não deixa de ser uma bobagem pra gente, mas que é algo tão importante e ao mesmo tempo tão assustador para um adolescente como ele.
Essas e outras passagens são contadas com muita simplicidade. É uma história de pessoas comuns, que poderia acontecer com cada um de nós. Bem dirigida por Robert Mulligan e interpretada por um bom elenco, apesar de não ter grandes estrelas. Talvez por isso mesmo, por ser feita de forma despretensiosa e verdadeira, nos cause uma impressão tão boa.
Com tantos méritos, “Summer of 42” , foi premiado com quatro indicações ao Oscar, sendo o de melhor fotografia, para Robert Surtees; melhor edição de Folmar Blangsted; roteiro original para Herman Raucherd e o de trilha sonora para Michel Legrand que levou o prêmio de melhor música. O filme ainda teve indicações para o Globo de Ouro e o Bafta; no total foram quatro prêmios e outras dez indicações.
“Verão de 42” consegue transmitir ao apreciador do cinema a magia de ser adolescente e estar amando pela primeira vez, as vezes de forma amarga e nostálgica, mas principalmente com muita sensibilidade.



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