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Combater a peste
(Dr. Adérito Tavares)

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Quando a peste assolou a Europa no século XVII, matando milhares de pessoas, as cidades do Norte de Itália, entre elas Florença, Génova, Milão e Veneza, preparam-se para lhe resistir. Com o registo de surtos de peste nos três séculos anteriores, as autoridades estavam se sobreaviso e quam não colaborasse incorria em severas penas.
Os funcionários sanitários irrompiam pela casa das pessoas prendendo quem mostrasse sinais de estar contagiado pela peste, que podia tomar diversas formas. A peste bubónica apresentava-se com bubões ou inchaços, que se formavam nas axilas e virilhas; a peste septicémica penetrava no sangue e matava em 24 horas; e a peste pneumónica atacava os pulmões. Todas elas acabavam normalmente por ser fatais.
Algumas famílias contagiadas eram fechadas em casa, com os cães, gatos e gados, que também podiam adoecer. Junto das portas aferrolhadas e marcadas com uma cruz, eram colocados guardas para que ninguém saísse, sendo abastecidas de comida e água fazendo descer cestos até á rua.
Quando o risco de contágio tivesse dimunuido, as casas eram reabertas e desinfectadas com cal e vapores de enxofre.
Confrontados com uma epidemia grave, os médicos apenas dispunham de mezinhas à base de ervas para a combater. Culpavam os soldados recém-regressados do estrangeiro pela propagação da doença. Esses soldados podiam ser localizados pelo "insuportável fedor a palha podre onde dormem e morrem" e erem atirados para lazaredos, ou casa de infectados, que um viajante classificou como "réplicas do inferno".
Enquanto não soubessem exactamente se o meio de propagação eram as pulgas parasitas das ratazanas que abandonavam os navios entrdos nos portos, os italianos estabeleceram uma ligação entre a doença e esses navios.
As autoridades impunham um período de quarentena (40 dias)  para tripulação e carga. Ao fim desse período os navios eram cuidadosamente fumigados. Os responsáveis sanitários também fechavam os mercados onde existisse risco de contaminação, queimando os géneros suspeitos e instruindo as autoridades rurais sobre a melhor maneira de protegerem as suas comunidades da peste.
Foi tudo em vão. A peste assolou as cidades, as vilas e os campos, dizimando milhares de italianos, como aconteceu noutros países ao mesmo tempo. Tal como a Peste Negra 300 anos antes, a epidemia de Peste acabou por desaparecer espontaneamente e a vida regressou lentamente á normalidade.



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