Tratado dos três impostores
(Luís Manuel Bernardo e Luís Alves da Costa)
Se o ataísmo é a atitude natural e espontânea do ser humano, a crença dos deuses apenas se torna um hábito quando legitimada pelo poder e incutida pela educação, No Ocidente, tais práticas começaram bem cedo, no século VIII a. C. com a difusão das primeiras teologias antropomórficas, omde os deuses homéricos, com as suas virtudes e os seus vícios, são os principais personagens.
Mudados os tempos, mudadas as vontades, em consequência do impacto da sabedoria naturalista das escolas jónias, os teólogos do periodo pré-socrático apressam-se a substituir as velhas narrativas mitícas por novas teologias astrais, a investigar a natureza das coisas e particularmente dos deuses, souberam desde cedo chamar a atenção para a origem políica e social da religião e para a importância do papel dos legisladores políticos para impedir que os homens não praticassem às escondidas o que o direito lhes proibia colectivamente.
Desde então, e até ao fim da antiguidade clássica, entre os filósofos a linhagem jónica, os sábios ou sofistas naturalistas sempre souberam encaminhar toda a discussão sobre a origem, a natureza, o valor e os objectivos das religiões para o terreno histórico, psicológico e sociológico. Neste conbtexto, foram de suma importância todas as criticas que se teceram em torno das opiniões, sentenças e atitudes políticas daqueles que se apresentam como profetas ou reformados religiosos.
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