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Delegado pede a prisão de Madoff mineiro
(Sandra Kiefer - Estado de Minas)

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Procura-se Thales Maioline, empresário que fugiu com R$ 50 milhões de 2 mil investidores em 14 cidades mineiras. O alerta de "procurado" será emitido pela Delegacia Especializada no Combate a Defraudações e Falsificações de Belo Horizonte logo que sair a prisão preventiva, que deve ser autorizada a qualquer momento pela Justiça, se possível até segunda-feira. Segundo o chefe de polícia, delegado Island Batista, assim que sair o mandado de prisão, será passada cópia do inquérito e a foto de Maioline para a Polícia Federal, que deverá então replicar o material para a Interpol. A estratégia da polícia é tornar conhecido o rosto de Maioline para facilitar a obtenção de pistas sobre o paradeiro do golpista, que está foragido há 15 dias.

Desde 23 de julho, não há informações sobre trocas de e-mails, contatos telefônicos e movimentações bancárias que teriam sido feitas por Maioline. O golpista não tem antecedentes criminais e a única passagem pela polícia deu-se na juventude, ao ser flagrado dirigindo sem carteira de habilitação. "Não podemos fazer mais nada antes de ter a autorização da Justiça para o pedido de prisão preventiva. Como ele não foi preso em flagrante, não adianta encontrá-lo sem ter ordem judicial para prendê-lo", explica o delegado. Ele pretende enviar equipe de detetives a São Paulo, para refazer os passos de Maioline nos lugares onde foi visto pela última vez. "Mas a equipe da Polícia Civil de SP não vislumbra êxito de que ele ainda possa estar lá", afirma.

As últimas imagens do investidor mineiro foram registradas pela câmera da portaria do Hotel Norbet, em São Paulo. Vestido de calça jeans, blazer preto e sapatos sociais, ele teria pegado um táxi com destino ao Terminal Rodoviário do Tietê, por volta das 15h de sexta-feira. Pagou a conta da hospedagem, mas deixou para trás a mala com roupas. Antes, despachou as duas acompanhantes e o motorista, que voltaram de carro para BH. Para não voltar com o grupo, disse que embarcaria mais tarde de avião, depois de se encontrar com um empresário de Sertãozinho, interior paulista, interessado em oferecer R$ 20 milhões pela sociedade no clube de investimentos.

A partir da autorização judicial, o delegado vai poder também interceptar possíveis diálogos por telefone trocados entre Maioline e a família. Segundo a defesa do advogado Marco Antônio de Andrade, contratado pela família Maioline, o empresário não fez até agora contato com os parentes, que estão colaborando com as investigações policiais e não teriam qualquer responsabilidade no golpe. Ao contrário, os familiares enfrentam a situação de permanecer isolados dentro da casa onde Maioline morava com a mulher e um bebê de 1,7 meses, localizada no bairro Santa Rosa, na Região da Pampulha, em Belo Horizonte. Avaliada em R$ 400 mil, a casa seria um dos únicos bens que restam em nome de Maioline, além de dois carros importados e de terreno na mesma região.

Segundo o advogado da família, a irmã de Maioline, Yani Márcia Maioline, que aparece como sócia na empresa, tenta desbloquear parte do valor de R$ 1,1 milhão encontrado no extrato bancário do investidor e, com isso, pagar parte das dívidas com fornecedores e os honorários do escritório de advocacia. Ela deixou a terra natal de Araçuaí, na Região do Vale do Jequitinhonha, onde administrava o núcleo do Firv na cidade, sob ameaça de investidores que perderam tudo depois do sumiço do irmão.

Fuga na internet

O Madoff mineiro (comparado a Bernard Madoff, investidor de Wall Street acusado de comandar golpe bilionário de pirâmide financeira) está desaparecido também da internet. Ele não tem perfil nos sites de relacionamento Orkut e Facebook. Em uma página no site de relacionamento Facebook, um investidor do clube escreve que a Firv oferece “rentabilidade garantida de 5% ao mês”. Em alguns casos, o rendimento mensal poderia ultrapassar 7%.

Depois do alerta da Comissão de Valores Mobiliários (CVM), em 23 de junho, informando que o clube de investimentos não tinha licença para operar em bolsa de valores, o site mantido pelo Firv foi desativado. Para reativar o ânimo dos investidores, Maioline teria investido R$ 30 mil em uma festa de arromba em Itabira, onde tentou convencer a todos de que estava regularizando a situação do clube de investimentos. A Firv também ministrava palestras motivacionais, além de publicar em seu site artigos sobre investimentos de diversos autores. O site era repleto de frases de caráter motivacional, como "o medo é a dádiva do fracassado" ou "fé e medo não se dão bem, onde um estiver, o outro não estará".



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