Tortura da água para os prevaricadores.
(Dr. Adérito Tavares)
Por ordem do comandante, toda a tripulação do navio se reuniu no convés para assistir à punição de um marinheiro que fora julgado culpado de "insubordinação grave".Sendo a forma de castigo instituida pelos Holandeses, a passagem de um marinheiro por baixo da quilha do navio durante os séculos XVI e XVII. Depois de lhe terem amarrado pesos metálicos ás pernas, o condenado era preso a um cabo que corria sob o fundo do navio e arreigava em dois lais de verga, as extremidades das peças horizontais que sustentam as velas. O marinheiro era descido ao mar, passado por baixo do casco do navio, sofrendo eventuais cortes provocados pelas conchas agarradas à quilha, içado até à verga do lado oposto. Assim que recuperava o fôlego, o suplício era repetido.
Enquanto a vítima estava debaixo de água, era disparado um dos canhões de bordo, o que o assustava ainda mais. No caso de delitos menores, o supliciado era apenas mergulhado na água a partir da verga e içado a bordo.
Os chineses foram talvez os primeiros a usar a água como meio de tortura. As vítimas eram acorrentadas á parede da cela e sobre a sua cabeça deixava-se gotejar um fio de água. O simples facto da repetiçao levava-as á loucura.
A torura pela água foi mais tarde utilizada na Europa e América do Sul para obter confissões.
Deixava-se cair um jorro de água, de cerca de 2m de altura, sobre a fronte de um prisioneiro. Ao fim de alguns minutos a pressão fazia a vítima gritar por misericórdia e dispor-se a tudo.
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