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Arquitetura Gótica
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A ARQUITETURA GÓTICA

O estilo gótico é caracterizado pelo arco em ogivas que apareceu por volta do século XII e perdurou até o século XVI. Segundo C. H. Moore a arquitetura gótica tem como característica o seguinte: “um sistema de abóbada (2) de suportes e contrafortes (3), recebendo os suportes os pesos esmagadores das abóbadas, cuja estabilidade era assegurada por um equilíbrio perfeito de forças”. No entanto ele não se deu o trabalho de citar o arco de ogiva, que já havia aparecido no período românico.
No gótico francês a parede deixou de ser um elemento da estrutura, o edifício passou a ser uma gaiola de vidro e pedra as paredes só continuaram a existir por causa das tempestades, elas servem apenas de uma proteção para os edifícios (anexo 2).
Os arquitetos góticos introduziram duas inovações fundamentais na construção das abóbadas. Nas abóbadas românicas os arcos iniciavam uma curva ao mesmo nível que os arcos dobrados, descrevendo um triangulo na superfície da parede exterior, já no gótico os arquitetos elevaram o arco forneiro: ao invés de iniciar ao mesmo nível que os arcos diagonais, eles introduziram um colunelo que permite o nascimento dos arcos forneiros em um nível superior.
O segundo elemento da definição de Moore é o suporte que corresponde aos pilares da arcada da nave e aos fustes do trifório (4) e da clarabóia que suportam a abóbada , o terceiro e último elemento da estrutura gótica é o contraforte (anexo 3). No início a principal dificuldade era criar um equilíbrio entre o contraforte e a abóbada. Estes elementos colocados contra a parede da clarabóia bloqueavam a nave lateral. Um outro elemento que é especificamente gótico é o arcobotante (5) Ele é uma estrutura de pedra colocada em diagonal, escorando por um lado à parede e pelo outro a clarabóia da nave. Ele dirige as pressões da abóbada para o exterior por cima da cobertura da nave lateral, e foi tão somente por causa destes elementos que o gótico ousou construir naves e abóbadas tão grandes e claras.
Cada catedral gótica tem o seu próprio estilo, porém nenhuma é tão específica quanto à de Chartres (anexo 4). As paredes foram suprimidas, na planta existe uma série de pontos que correspondem às arestas das abóbadas. O número reduzido de paredes não se obteve apenas pelo desejo de iluminar o prédio, mas de dar uma expressão de fervor religioso da época. Os vitrais impediam a entrada de luz, assim a igreja era bombardeada por uma nuvem de cores que, como objetivo principal de criar um ambiente mítico. Este espetáculo de cor compensava a ausência de luz artificial, quando se entrava na catedral de Chartres num dia de sol os feixes de luz, que podiam ser vistam em toda a igreja.
Quando se compara a catedral gótica com a românica, percebemos que a distinção não se dá apenas pelo monumento vertical, mas pelas resoluções com os espaços. Os arcobotantes e as flechas não parecem conter a massa arquitetônica, o espaço interior e o exterior e interior são desenvolvidos harmoniosamente, desde a nave central em direção as laterais, até o transepto (6) e o deambulatótrio (7), as janelas também estabelecem uma comunicação entre o exterior e o interior. Todas estas relações do edifício com o espaço interno e externo estão em oposição à concepção grega. O templo grego estava ligado a terra e constituía um todo com ela, ao passo que a catedral gótica elevou-se para o céu como uma oração.

CATEDRAL DE NOTRE-DAME (“NOSSA SENHORA”) DE PARIS
Iniciada em 1163, tem como base a catedral de Saint-Denis. Comparada com a igreja românica ela é mais unificada e compacta (anexo 5), com um duplo deambulatório de coro que prossegue para as naves laterais e o transepto baixo e largo. Nela também podemos encontrar um sistema de abóbadas em que cada intercolúnio tem um sistema de nervuras que até então era desconhecido e, cada uma destas nervuras corresponde a uma coluna no assoalho da nave central, isto ficou conhecido como abóbada sextapartida. As grandes janelas além de refletir as nervuras das abóbadas, também davam um efeito de “ausência de gravidade” mostrando paredes mais leves. Outro aspecto de Notre-Dame é a rosácea (8) que fica em um vão recuado e os ornamentos de pedra que formam o desenho se destacam nitidamente na alvenaria.
CATEDRAL DE SALISBURY
De imediato podemos perceber a diferença entre ela e as catedrais francesas. (anexo 6) sua localização é em pleno campo aberto, longe dos aglomerados urbanos. O pináculo (9) que se eleva sobre o cruzeiro é aproximadamente cem anos mais velho que as outras partes da igreja, o que indica uma acentuada evolução do gótico inglês. O sistema de abóbadas traz uma inovação, mesma que adotada tardiamente, traz uma propagação de nervuras em retículos ornamentais de múltiplo filamento, sem que tivesse uma visão nítida das reparações do intercolúnio e suas subdivisões.



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