Sociedade de Massa No Brasil
(Eduardo Felipe S. da Fonseca)
A sociedade de massa no Brasil
Para compreender a sociedade de massa no Brasil, é necessário analisar um período de 50 anos de consumo. Este período compreende de 1950 ao ano 2000. Nesta fase o Brasil passou pelo crescimento de 50 anos em 5 de Juscelino Kubistschek, o crescimento da dívida externa, atrofia do PIB, até chegar ao Plano Real com Fernando Henrique Cardoso em 1994. Em todo este período o consumidor brasileiro se comportou de maneiras diferentes ele foi da euforia com a industrialização ao desespero com a inflação e os planos Collor I e II.A indústria automobilística constitui um salto importante nesta fase, pois é através dela houve a criação de novos postos de trabalho em especial na região do ABC (Santo André, Bernardo e São Caetano do Sul) em São Paulo. A partir daí adquirir um automóvel passou a ser ainda mais símbolo de status para classe alta, um desejo para a classe média e um sonho para a classe baixa.Durante este período o consumidor brasileiro passou por várias experiências de acordo com cada fase da economia brasileira. Na década de 50 após a Segunda Guerra Mundial havia uma enorme escassez de produtos, e o consumidor brasileiro ingênuo e inexperiente tinha em mente de que o produto brasileiro era de baixa qualidade e somente aceitava os produtos estrangeiros, ele não sabia distinguir o que era de baixa qualidade do que era bom. O consumidor era facilmente atingido por argumentos dos vendedores que batia a porta dos consumidores prontos para vender o seu produto. O consumo na década de 50 foi marcado pelo uso de produtos primários como: feijão, leite, carne e arroz. Na década de 60 o presidente Juscelino Kubitschek instalou no Brasil a indústria de base (automobilística e construção naval) através do capital estrangeiro e incentivo fiscais. A partir daí houve o lançamento do Fusca e de vários outros modelos de automóveis devido ao entusiasmo da montadoras. Nesta década o consumidor brasileiro acostumado à escassez da década passada começa a ter uma variedade maior de produtos. Ele começa a buscar uma melhor qualidade de vida através do consumo, sobretudo do televisor em preto e branco, ele não está preocupado em poupar e sim em consumir.Já na década de 70 o consumidor brasileiro se torna um pouco mais experiente. Desde que seja pelo menos da classe C ele vivia bem. Nesta fase ele já trabalhava melhor o seu dinheiro, fazia orçamentos familiares, lista de compras e começava a pechinchar preços. Nesta fase também ele já desconfiava dos vendedores e das mensagens publicitárias. Outro fator importante para o consumo desta década foi os avanços tecnológicos como a tv em cores, a máquina de escrever e o aparelho de som estéreo. Também nesta década houve o início do uso do cartão de crédito e a melhor participação da mulher no poder de compra em que havia mais opções de mercadorias nos pontos de vendas.A década de 80 foi marcada com a “década perdida” a confiança e o consumo da década anterior deu lugar à desconfiança e ao medo devido à alta dos preços e a inflação assim, os produtos de uma hora para outra sumiram da prateleira. O consumidor passou a procurar vantagens e descontos no ponto de venda e a comprar em menor quantidade com menos impulso, além de escolher produtos de marcas mais baratas.Entre 90 e 93 o consumidor continuou a poupar e a cortar gastos, pois a crise financeira ainda não havia passado e ainda havia a alta inflação o que fez diminuir um pouco de seu poder aquisitivo. O consumidor passou a inspecionar mais os produtos antes de comprar, ele confere os preços e corta despesas desnecessárias, ele reduz os gastos com viagens e lazer, pois teme o desemprego e sente o medo do aumento da criminalidade. Com todo este cenário e após o fracasso dos planos Collor I e II houve o impeachment do presidente Collor e assumiu o então seu vice Itamar Franco.Em 1994 teve a implementação do Plano Real através de Fernando Henrique Cardoso, porém, o consumidor somente passou a ter menos cautela a partir do momento em que sentiu segurança na nova moeda e no sistema financeiro. Ele ganhou experiência com a crise e ficou bem mais racional, ele procurava se informar dos preços antes de comprar, ele passou a ser mais fiel a determinadas marcas nem tão caras, mas, de boa qualidade.
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