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Evolução do crédito no Brasil
(Eduardo Felipe S. da Fonseca)

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A evolução do crédito no Brasil
Com a implementação do Plano Real em 1994 e a estabilização da economia e preços o setor bancário perdeu algo em torno de R$ 19 bilhões. O sistema bancário procurou expandir a oferta de crédito justamente para cobrir as perdas. Todavia, esse aumento na concessão de crédito poderia trazer conseqüências ruins a economia, logo, o governo criou medidas para restringir o crescimento do crédito.O Banco Central antecipando-se ao possível crescimento das operações de crédito que decorreria do quadro de estabilidade macroeconômica elevou, no início do Plano Real, as alíquotas de recolhimento compulsório dos depósitos bancários. O recolhimento compulsório sobre depósitos à vista passou de 48% para 100%, sobre os depósitos de poupança passou de 10% para 30% e foi instituído um recolhimento de 30% sobre o saldos dos depósitos a prazo. Apesar disto, os empréstimos totais do sistema financeiro para o setor privado, segundo dados do Banco Central, mostraram crescimento de 58,7% durante o primeiro ano de vigência do plano (Soares, 2001).O objetivo do Governo foi de combater a inadimplência o que poderia deixar o sistema financeiro vulnerável e a economia que havia se estabilizado poderia perder a estabilidade. Outro ponto a se considerar é que houve a diminuição do crédito do setor público em contrapartida houve uma segmentação da concessão de crédito no setor privado o que favoreceu as pessoas físicas, o setor produtivo, de habitação e agricultura.
Nesse contexto foi verificado que o crédito não cresceu o que se esperava já que havia a tendência de crescimento de 1989 a 1994. A partir de 1995 houve a estabilização do crédito. A explicação para tal fato veio da adesão do Brasil ao Acordo da Basiléia.O Acordo da Basiléia foi criado em 1988 com a assinatura do documento Internacional Convergence of Capital Measurements and Capital Standards. Este acordo foi discutido e aprovado pelos Bancos Centrais do Grupo de 10 Países mais desenvolvidos que são: Bélgica, Canadá, Alemanha, Itália, Japão, Holanda, Suécia, Reino Unido, Estados Unidos e Luxemburgo. O objetivo do acordo é de minimizar os riscos de atividades bancárias, para que o sistema bancário possa ter maior liquidez. Em suma são regras para que os bancos não saiam fazendo financiamentos e concedendo empréstimos de qualquer maneira para evitar o colapso do sistema. O Brasil aderiu ao acordo em agosto de 1994 com a Resolução nº 2099 do Banco Central.Em função desta resolução, tem-se que, para cada R$ 100,00 que os bancos apliquem em créditos, necessitam ter R$ 8,00 de capital. Por outro lado, para cada R$ 100,00 aplicados em títulos do governo federal, não necessitam comprometer nada do seu patrimônio. Esta é uma maneira de dizer que esses ativos são considerados livres de risco e que consequentemente, nenhum capital seria necessário para sustenta-los. Ou seja, a limitação dos bancos comprarem títulos do governo federal passa a ser a sua capacidade de captar recursos a um custo inferior ao rendimento desses títulos. (Soares, 2001).Esta foi à maneira encontrada pelo Governo Fernando Henrique para restringir a concessão de crédito e consequentemente se houvesse um aumento no número de empréstimos seja para empresas como para pessoas físicas poderia desestabilizar a economia e voltar a inflação.



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