Roubaram a Mona Lisa!
(Dr. Adérito Tavares)
O adjunto do Museu do Louvre, em Paris, olhou, horrorizado, para o espaço vazio onde devia estar o quadro mais famoso do mundo, La Gioconda – mais conhecido como Mona Lisa.
Era meio-dia de 22 de Agosto de 1911 quando Georges Benedite, recuperando do choque, telefonou à Polícia de Paris e exclamou: “Roubaram a Mona Lisa!”
Passados 15 minutos, mais de 100 polícias encontravam-se no Louvre. A principio, pensou-se que o quadro ainda pudesse estar no edifício, mas pouco tempo depois um polícia encontrou a pesada moldura numa escadaria. Mas a própria Mona Lisa, pintada por Leonardo da Vinci, num painel de madeira com 76cm por 52cm, tinha sido habilmente retirada.
Durante dois anos não houve notícias sobre o paradeiro do quadro, até que, em Novembro de 1913, Alfredo Geri, negociante de arte de Florença, recebeu uma carta que começava: “Roubei a Mona Lisa”. Estava assinada “Leonard”, pseudónimo do pintor e decorador italiano Vincenzo Perrugia, que em 1910 fora um dos quatro trabalhadores que, no Louvre, tinham reemoldurado a pintura. A 11 de Dezembro de 1913, Geri procurou Perrugia no seu quarto de um modesto hotel de Florença. Perrugia puxou debaixo da cama uma mala velha, da qual soltou um fundo falso. Do seu interior, retirou um objecto embrulhado em seda vermelha, que pôs sobre a cama e lentamente, desembrulhou a Mona Lisa.
O quadro foi restituído ao Louvre e Perrugia preso.
Em Florença, em Junho de 1914, confessou-se culpado e foi sentenciado a 1 ano e 15 dias de prisão, pena que acabou por ser reduzida para 7 meses.
Depois de ter combatido na Grande Guerra, Perrugia voltou a Paris, onde abriu um estabelecimento de pintura decorativa.
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