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Um antro de miséria
(Dr. Adérito Tavares)

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Durante 50 anos, muitos criminosos britânicos foram sujeitos ao “prolongado tormento” da permanência na penitenciária de Port Arthur, na extremidade sueste da Terra de Van Diemen (mais tarde rebaptizada Tasmânia).
No século XIX, esta ilha pouco mais era do que uma vasta colónia penal. Ao chegar a Hobart, o principal porto da ilha, cada condenado era atribuído a um colono criado. Desde que não prevaricasse, este poderia acabar por conquistar a liberdade; porém no caso de cometer um crime grava, como assassínio, seria banido para Port Arthur. Entre a sua fundação, em 1830, e o seu encerramento em 1877, passaram por lá mais de 12000 degredados.
A penitenciária de Port Arthur e a colónia penal da Terra de Van Diemen eram administradas pelo governador Sir George Arthur (que deu o nome ao porto), para quem constituía dever solene fazer da Terra de Van Diemen uma “utupia de punição e reforma” e “uma fábrica para transformar os patifes em homens honestos”.
Pretendia vergar os condenados mediante trabalho duro e repetitivo e uma disciplina rigorosa, que incutiria neles uma “aceitação bovina”, e reformá-los graças aos ensinamentos do cristianismo.
Um castigo frequente era a brutal flagelação com um azorrague de tiras de couro, atadas com 81 nós e previamente ensopadas em água salgada e secas ao sol até ficarem duras como arame. Acima de tudo, os degredados temiam o encerramento solitário numa cela minúscula e sem janela. Longos períodos nestas condições afectavam gravemente o estado mental dos presos e muitos mais calejados acabaram os seus dias no asilo de loucos de Port Arthur. Nos casos dos crimes menores, os condenados passavam os dias britando pedra ou, em grupo, construindo estradas e pontes pela ilha. Guardas armados e cães ferozes barravam a única saída terrestre de Port Arthur e os boatos de que os guardas lançavam às praias sangue e miudezas para atrair os tubarões garantiam que somente os mais desesperados empreendiam uma fuga a nado.



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