Caridade
(Benute Santos)
Esta semana foi divulgada pela imprensa, que um grupo de quarenta das maiores fortunas dos Estados Unidos, pretende doar grande parte de sua riqueza para filantropia.
A filantropia é, etimologicamente, definida como um profundo ato de amor à humanidade. Assemelha-se à caridade, que é uma ajuda que se dá aos pobres, como por exemplo, alguns centavos ou comida.
Faz parte da índole norte-americana, fazer doações a entidades de assistência social, tanto quanto para universidades. Diferentemente do Brasil, lá não existe Bolsa Família, Fundo de Garantia por Tempo de Serviço, Programa de Integração Social e outros benefícios ditos sociais.
Bill Gates doou há não muito tempo, determinado valor para a Fundação Rotária. O Rotary Internacional tem um fundo destinado a promover ações de filantropia.
O Rotary e Lyons, cuja credibilidade nunca foi posta em dúvida, promovem filantropia. Quem faz caridade são as entidades que recebem deles os recursos e ajudam as pessoas.
São pouco reconhecidas as pessoas solidárias e caridosas que se agrupam para visitar hospitais, dar ajuda e atender aos doentes, ou procuram recursos para socorrer famílias em estado de miséria.
Surge a seguinte dúvida: É caridade oferecer a pessoas pobres, principalmente crianças, cursos de teatro, música, danças, capoeira? Que tal um planejamento dentro das atividades escolares? Capoeira, por exemplo, serve para que?
As doações feitas pela sociedade americana não têm a finalidade de tirar as crianças da rua, mas sim, de educá-las. Educar é dever do Estado. Não pode ser motivo de caridade. Doar é uma forma que os norte-americanos aprenderam nas universidades.
Aqui, deixam de pagar o crédito educativo, que o atual governo mudou de nome. Quanto mais doar.
Quando uma doação vira obrigação, isso deixa de ser caridade.
Temos também algumas entidades assistenciais que estão se especializando em angariar recursos, através de pessoas treinadas em telemarketing. Caridade não é isso; mas sim, o ato voluntário de ajudar alguém.
Se não temos muito a dar, poderemos nos organizar e chamar os governantes para as suas reais responsabilidades.
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