Veneno, balas, pancada e afogamento.
(Dr. Adérito Tavares)
A ceia durante a qual Rasputini havia de ser morto, marcada para a noite de 29 de Dezembro de 1916, decorreu em Sampetersburgo, no Palácio do Príncipe Félix Yusupov, monárquico ardente, que considerava o iletrado monge siberiano como a "pessoa mais iníqua e perigosa de toda a Rússia".
Rasputini era bem acolhido na corte imperial devido ao seu "poder de cura" pretensamensa místico. Contudo, a intromissão de Rasputini nos assuntos de Estado durante a Grande Guerra irritou os russos leais, e no Verão de 1916, já Rasputini sobrevivera a várias tentativas de assassínio.
O Príncipe Yusupov decidiu meter-se no assunto. Convidou Rasputini para jantar em casa da sua família, onde ofereceu ao monge de barba negra um prato de bolos de chocolate que continham cianeto. Rasputini comeu os bolos e bebeu vinho da Madeira, também ele com cianeto, mas não mostrou sinais de envenenamento.
Yusupov, puxou então de um revólver e deu-lhe um tiro nas costas. Soltando um rugido, Rasputini tombou no soalho. Nesse instante, entraram na sala os amigos de Yusupov, um dos quais , um tal Dr. Lazovert que declarou que a bala penetrara no coração do monge e que este morrera.
Quando começaram a arrastar o corpo da sala, Rasputini recobrou subitamente os sentidos e fugiu aos tropeções para o pátio coberto de neve. Outro conspirador atingiu o fugitivo com mais dois tiros de revólver e Yusupov bateu-lhe com uma barra de ferro até que o corpo ficou imóvel.
Dois guardas, que tinham ouvido os tiros ajudaram a amarrar o monje e a embrulhá-lho numa cortina. Levaram então Rasputini para a ilha Petrovski, nos arredores da cidade. Abriram um buraco no gelo do rio Neva e empurraram Rasputini, que ainda respirava para a água , onde morreu afogado.
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