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Os elementos do ar
(Dr. Adérito Tavares)

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Enquanto Lavoisier ajustava um boião de vidro, a sua mulher, Marie Anne, fez um retrato do marido no laboratório. Ela estava ali para anotar o que ele ditava, fazendo por vezes uns desenhos. Nesse dia, 5 de Junho de 1777, ele iniciava uma nova experiência.
Lavoisier acreditava que havia de descobrir a natureza flogisto, o elemento fulcral na incipiente ciência química. O flogisto era o gás hipotético que os químicos pensavam ser libertado pelas substâncias combustíveis quando aquecidas.
Lavoisier fez uma abordagem sistemática para comprovar a existência desse gás. Pesou uma gota de Mercúrio e deitou-a numa retorta. Colocou então a extremidade do gargalo da retorta numa campânula de vidro invertida sobre uma tina com água e marcou o volume de ar com uma tira de papel colocada no exterior da campânula. Aqueceu o Mercúrio na retorta até a sua superfície ficar coberta por uma camada de partículas vermelhas. Depois de ter deixado arrefecer o aparelho, descobriu que o volume de ar diminuíra e que a matéria no fundo da retorta, em vez de se tornar mais leve, como teria acontecido se tivesse perdido o seu flogisto, pesava mais. Não apenas o Mercúrio, mas também o ar tinha mudado de natureza. O ar, que se tornara venenoso, matou um rato e apagou uma vela. Lavoisier percebeu, que longe de libertar flogisto, quando aquecido, o Mercúrio absorvera do ar uma substância não identificada que o tornara mais pesado e o transformara num pó avermelhado.
Lavoisier prolongou a experiência. Raspou o pó vermelho da retorta, deitou-a numa mais pequena e aqueceu-a no ar irrespirável que recolhera na primeira experiência. Acabou por ficar com uma pequena porção de Mercúrio mais leve que o pó anterior, enquanto que o volume de ar aumentara. Experimentou então o ar e verificou que não se distinguia do ar vulgar.
Experiências posteriores, mostraram a Lavoisier, que o gás libertado pela combustão do gás vermelho, tinha poderes especiais: fazia reviver um rato meio sufocado e avivava a chama de uma vela.
Deduziu erradamente que esse gás estava presente em todos os ácidos e chamou-lhe "Oxigênio", termo formado pelos elementos gregos "Oxi", "Agudo" e "Gen", "Fazer". Tendo percebido que o pó vermelho que produzira era uma combinação de Mercúrio com Oxigênio, Lavoisier chamou-lhe "Óxido de Mercúrio".
Lavoisier provara que o ar é uma mistura de pelo menos dois gases: Oxigênio e Azoto. Isto levou-o, mais tarde, a lançar as bases da moderna nomenclatura quimíca.
Antes de poder concluir as suas investigações, Lavoisier foi guilhotinado em 1794, por ordem do Novo Governo, que o condenou por possuir acções numa empresa de cobrança de impostos. No julgamento, o juiz afirmou: "A República não precisa de cientistas.".



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