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A CONTRIBUIÇÃO DA PSICOLOGIA DA EDUCAÇÃO NA FORMAÇÃO DO PROFESSOR.
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A disciplina Psicologia da Educação é importante nos cursos de formação de professores, mas deve ser pensada e proposta a partir de uma concepção histórica e crítica de homem e mundo para que suas relações com os objetivos de uma educação emancipadora, libertadora e transformadora sejam estabelecidas e resultados, nessa direção, possam ser alcançados.
A psicologia encontra-se como uma das disciplinas que precisa ajudar o professor a desenvolver conhecimentos e habilidades, além de competências, atitudes e valores que o possibilite ir construindo seus saberes-fazeres docentes a partir das necessidades e desafios que o ensino, como prática social, lhes coloca no cotidiano.
Dessa forma, poderá contribuir para que o professor desenvolva a capacidade de investigar a própria atividade, para, a partir dela, constituir e transformar os seus saberes-fazeres docentes, num processo contínuo de construção de sua identidade como professor.
A formação deverá se preocupar em contribuir para que os professores incorporem, em seu fazer, a noção de que estudantes possuem histórias e experiências, práticas linguísticas, culturas e talentos que devem ser trazidos para o ambiente educacional.
Assim, se é certo que os paradigmas psicológicos não nasceram para resolver problemas educacionais em geral ou problemas específicos da educação escolar, é preciso reconhecer, também, que toda e qualquer utilização educacional dos saberes oriundos da Psicologia é passível de discussão. Conseqüentemente, torna-se muito difícil, arriscado e, em alguns casos, leviano, vincular uma vertente do pensamento educacional a conceitos extraídos de uma teoria psicológica, como se algum saber deste terreno fosse responsável exclusivo pelas práticas contidas naquele.
A teoria freudiana, ao versar sobre o desenvolvimento da personalidade, oferecia certa margem de reflexão a respeito dos procedimentos educacionais, e o próprio Freud o fez, em alguns textos e passagens de sua obra.
A formação do profissional da educação não se inicia, ao contrário do que se imagina, quando esse ingressa em um curso de formação de professores, mas sim desde o primeiro dia em que esse ingressa na escola como aluno. Suas representações e significados de educação, vivificados enquanto estudantes são muito mais influenciadas pela sua vivência escolar do que com as teorias que venha a entrar em contado em sua formação acadêmica.
Para Gadotti (1998, p. 71) o profissional da educação precisa ser ousado para questionar a realidade que a ele se apresenta para então promover mudanças sociais. Explicando melhor, apóia-se nas palavras do autor:
 
É preciso ser desrespeitoso, inicialmente, consigo mesmo, com a pretensa imagem do homem educado, do sábio ou mestre. E é preciso desrespeitar também esses monumentos da pedagogia, da teoria da educação, não porque não sejam monumentos, mas porque é praticando o desrespeito a eles que descobriremos o que neles podemos amar e o que devemos odiar. [...]. Nessas circunstâncias, o educador tem a chance de repensar o seu estatuto e repensar a própria educação. O educador, ao repensar a educação, repensa também a sociedade.
 
Educadores e educadoras precisam constantemente repensar e revisitar suas crenças mais intrínsecas sobre a representação que têm de educação, pois, de acordo com Paulo Freire, que já proclamava desde os anos 60, e de acordo com Gadotti (1998, p.72), a educação não é neutra. Ou se educa para o silêncio, para a submissão, ou com o intuito de dar a palavra, de não deixar calar as angústias e a necessidade daqueles que estão sob a responsabilidade, mesmo que temporária, de educadores e educadoras nos âmbitos escolares. Sendo assim, métodos e técnicas precisam ser secundarizados na discussão sobre a educação, o que se deve atentar prioritariamente é sobre a vinculação «entre o ato educativo, o ato político e o ato produtivo».
Sendo assim, precisa-se refletir sobre a urgência de criar-se nas escolas um ambiente que dê conta dessas transformações sociais, pois é nessa sociedade que alunos e alunas vão interagir, e, quem sabe, como idealizava Paulo Freire, provocar transformações que levem a um bem viver coletivo. A respeito dessa transformação que urge, Gadotti (1998, p. 81) nos diz:
 
“O homem faz a sua história intervindo em dois níveis: sobre a natureza e sobre a sociedade. O homem intervém na natureza e sobre a sociedade, descobrindo e utilizando suas leis, para dominá-la e colocá-la a seu serviço, desejando viver bem com ela. Dessa forma ele transforma o meio natural em meio cultural, isto é, útil a seu bem-estar. Da mesma forma ele intervém sobre a sociedade de homens, na direção de um horizonte mais humano. Nesse processo ele humaniza a natureza e humaniza a vida dos homens em sociedade. O ato Pedagógico insere-se nessa segunda tipologia. 



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