Consumismo ou necessidade
(Yolanda Targino)
Sempre houve um questionamento sobre o consumo. Sobre o que é essencial e o que é supérfluo. Tudo envolve uma busca pela satisfação pessoal, do querer ter. A verdade é que às vezes a necessidade pode se transformar em consumismo, quando o precisar se transforma em querer ter (muitas vezes sem necessidade) a qualquer custo.
A sociedade contemporânea se ilude, idealiza que ter algo com certa marca lhe trará satisfação, sempre procuram felicidade em coisas materiais. A verdade é que, esse tipo de êxito é passageiro. Transpõe de uma simples necessidade como comprar uma roupa nova para ir a uma festa importante, para uma obsessão, como comprar vários vestidos pelo desejo de possuir, sendo que eles não serão usados.
Por exemplo, algumas pessoas compram sapatos porque necessitam, mas há pessoas que compram porque julgam que serão felizes se tiverem aquele objeto e acabam comprando dezenas de uma única vez porque estas supõem que a felicidade está contida na caixa daqueles sapatos, mas se esquecem que o que somente existe dentro são pares de sapato, que logo serão esquecidos e porventura nunca sejam usados. E ainda virá a alta conta no final do mês.
Quando a alegria do possuir acaba, a única solução para essas pessoas é comprar mais, gastar mais, o desejo de possuir aumenta e o que era apenas uma simples necessidade torna-se uma obsessão, quanto mais se compra mais se tem, e quanto mais se tem, mais se deseja. Objetos de real necessidade tornam-se menos importantes do que coisas que eram consideradas supérfluas.
A felicidade não está contida em objetos, coisas materiais, em possuir, em ter mais que o outro, e sim no compartilhar, dividir com o próximo, ajudar as pessoas. Quanto mais se tem mais se quer, então compartilhando o que se tem resultado é o inverso. Simplesmente dividindo com o próximo é que conseguiremos pessoas melhores e menos consumistas.
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