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Elogio da Loucura
(Erasmo de Rotterdam)

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  O ELOGIO AO ELOGIO DA LOUCURA: Rotterdam e a utilização da loucura como personagem principal na crítica veemente ao modelo vigente
 
Gabriel Nascimento dos Santos
Orientado por: Maria D’Ajuda Alomba Ribeiro
 
ROTTERDAM, Erasmo. Elogio da Loucura. L&PM EDITORES, 2003
           
Em uma carta ao amigo Thomas Morus o renascentista Erasmo de Rotterdam teria revelado a intenção ao escrever aquele que seria um elogio raro na história da humanidade: O elogio da Loucura.
Participando de uma escola de pensamento de revivência dos estudos latinos, da superioridade da razão e antes de tudo da crítica aguçada ao padrão da Igreja Erasmo de Rotterdam passa a fala de narrador à loucura, quem narra o elogio. A loucura é quem se autoelogia. E começa relatando a ingratidão humana diante de sua importância. E o que é a loucura? A loucura, para a obra do teólogo, é antes de qualquer coisa o elemento formador, e condutor da sociedade. Sem loucura a sociedade não sobrevive.
Partindo dessa ótica, o texto, (narrado pela própria e nada modesta loucura) vai mostrar o quanto há de louco em diversas classes sociais. A loucura é a formadora da amizade, a loucura proporciona alegria aos homens, a loucura está na natureza em sua naturalidade encantadora, a loucura está nos poetas, nos seguidores de Baco e no amor. Essas são apenas algumas das abordagens do texto.
Mas como conceber a importância da loucura em uma época em que a razão humana era dispensável, somente sobrando lugar para a concepção divina? Nisso a obra enquadra-se perfeitamente nos postulados do Renascimento quando realiza uma crítica ao Clero e todos os responsáveis pela ideologia vigente na igreja. Em sua estrutura é claramente observável que o elogio traz grandes alusões e citações de obras gregas e latinas, revelando o forte de estudo da época acerca da memória.
O livro “Elogio da Loucura” parte do pressuposto que as bases da Sociedade Ocidental não sobreviveriam sem a loucura, substancializando a loucura como parte integrante da razão humana (uma vez que o pensamento Erasmiano não é monológico, não vê apenas um tipo de loucura) em dicotomia presente com a concepção divina que a loucura humana é um mau e deve ser combatida. O ideário da igreja era contra a loucura por julgar dentro desse contexto ações humanas consideradas pecado como o sexo, o ócio, entre outros. O discurso Erasmiano é corroborado por Foucault no referente à falta de credibilidade quando este, no discurso proferido no Collége de France analisou o descrédito sempre presente no mundo ocidental ao discurso dos loucos. Erasmo se valeu das revoluções intelectuais da época essa crítica ao modelo vigente do Antigo Regime colocando como narradora a maior inimiga do mesmo: A loucura.
Esse livro deve ser lido por todos aqueles que se dedicam a estudar as diversas concepções filosóficas concernentes à loucura humana, assim como o sistema canônico de razão da sociedade.    
[1] Graduando em Letras pela Universidade Estadual de Santa Cruz (UESC). Bolsista ICB/UESC e componente do núcleo Português como Língua Estrangeira da instituição.

[2] Profª Dra. do Departamento de Letras e Artes (DLA) da Universidade Estadual de Santa Cruz (UESC), professora do programa de Mestrado em Linguagens e representações e pesquisadora responsável pelo projeto Português como Línguas Estrangeiras.



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