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Especialistas ensinam como escapar de golpes de estelionatários
(Sandra Kiefer - Estado de Minas)

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Depois do golpe de Thales Maioline, que desapareceu com R$ 50 milhões de 2 mil clientes da Firv Consultoria e Administração de Recursos Financeiros Ltda., investidores devem ficar ainda mais atentos ao disparate de obter lucro de 5% ao mês, enquanto a caderneta de poupança rende apenas 0,5% no mesmo período. Para se ter uma ideia, o percentual oferecido no mês está acima da inflação anual no Brasil, que mantém a meta de 4,5% ao ano. Antes de aderir a clubes de investimento, a convite de amigos e parentes, as pessoas devem procurar saber se a empresa é séria, se o título é reconhecido pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM) e se existe autorização do Banco Central para operar no mercado financeiro.

Segundo o site Monitor das Fraudes, o antigo golpe da pirâmide, que já existe a um século, deixou de oferecer produtos e serviços e passou a apostar na oferta de investimentos. “Antes de entregar suas economias nas mãos de investidores, os consumidores devem desconfiar de empresas que garantem lucros milagrosos. É fundamental fazer pesquisas criteriosas sobre a idoneidade da empresa, tentar saber se ela tem licença para operar e buscar informações sobre os ativos usados nessas operações financeiras”, alerta Lilian Salgado, advogada da Associação Nacional de Defesa dos Consumidores (Andec).

Para a Andec, outra dica é nunca entregar 100% da economia de uma família em um investimento de alto risco e sem garantias legais. Já a CVM orienta a desconfiar de abordagens em tom emocional, com a existência de pressões para investir e o uso de depoimentos de outros “investidores”, incentivando a aproveitar a oportunidade única. Outra dica básica é checar a procedência do nome dos sócios da empresa, CPF de cada um e endereço.

No caso do Madoff mineiro (referência ao ex-investidor de Wall Street acusado de comandar esquema bilionário de pirâmide), os quase 2 mil investidores vítimas do golpe podem ser também acusados de sonegação, por não terem declarado as aplicações milionárias ao Imposto de Renda. Além de ficar sem o dinheiro, portanto, podem ser obrigados a pagar multa de 75% sobre o valor que já perderam. “Quem nunca declarou os valores ao Leão, está em maus lençóis”, alerta o tributarista Rodolfo Rezende, que atua na defesa de um grupo de 12 investidores da Firv. Ele descobriu que, meses antes de fugir, Maioline determinou que se fizesse a alteração dos cerca de 3 mil contratos da empresa.

“A Firv convenceu os clientes a declararem todos os valores investidos como empréstimo ao Thales. Argumentou que, dessa forma, reduziriam a carga tributária”, esclarece Rezende. Segundo ele, boa parte dos investidores concordou em assinar novos contratos de mútuo (espécie de empréstimo), possivelmente sem saber que já pairava a suspeita de irregularidade no negócio da Firv. Em 23 de junho, a CVM divulgou alerta avisando que a empresa não tinha autorização para atuar no mercado financeiro.

“Thales convenceu os clientes de que todos deveriam falar a mesma língua e declarar o contrato mútuo”, completa o advogado. Em 23 de julho, a promessa de formar um ‘clube de vencedores’, como pregava o slogan da Firv, acabou de ruir com o anúncio da fuga do empresário.



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