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A chave para o maior mistério da natureza
(Dr. Adérito Tavares)

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Nos 20 anos que se seguiram à primeira vez em que enunciou a teoria da evolução, Charles Darwin, resistira às pressões para publicar a sua obra.
Entretanto lia e relia uma carta do seu colega naturalista Alfred Russel Wallace, que esboçava uma teoria quase idêntica à sua.
Era por isso altura de publicar a sua obra e enfrentar as consequências.
Passado um ano, em 24 de Novembro de 1859, Darwin publicava “On the Origin of Species by Means of Natural Selection” (Acerca da Origem das Espécies Por Meio da Selecção Natural), o mais importante acontecimento da história da biologia.

Quando em 1831, com 22 anos, Darwin foi convidado a embarcar no navio hidrográfico do Almirantado HMS “Beagle”, como Zoólogo e Geólogo, sem vencimento, teve oportunidade de nos cinco anos seguintes circum-navegar o Globo, indo das costas oriental e ocidental da América do Sul, Austrália, Nova Zelândia e ilhas Galápagos, no Pacífico, ao longo da costa do Equador.
Quando partiu no “Beagle”, Darwin tinha poucas razões para duvidar de que as espécies de animais e plantas da Terra tivessem sofrido mutações desde a criação.
Em 1836, porém, quando regressou a Inglaterra, as observações que fizera tenham-no convencido de que as criaturas haviam sofrido mudanças, surgindo novas espécies e extinguindo-se outras.
Na verdade, Darwin duvidava da factualidade da Criação como acontecimento e da fiabilidade da Bíblia como guia de história. Darwin sabia que a publicação das suas ideias lhe trariam a inimizade de quantos aceitavam como realidade a versão biblíca da Criação. Em vez de se precipitar na publicação, decidiu aguardar com calma e ordenar as provas que reunira a fim de mostrar que a sua teoria de evolução podia explicar muitos aspectos aparentemente inexplicáveis do mundo natural.
As suas provas provinham de muitas fontes, com relevo para as observações das suas viagens. Na América do Sul, estudou ossadas de dinossauros; nas Galápagos, observou a variedade de espécies de tentilhões e tartarugas quando viajava entre as ilhas. Serviu-se também dos trabalhos de outros naturalistas e geólogos e das informações de jardineiros e criadores.
Todavia, Darwin tinha de encontrar os mecanismos das mudanças evolucionárias. A soluçaõ veio-lhe à mente ao ler “Essay on the Principle of Population” ( Ensaio Sobre o Príncipio da População), Thomas Malthus, publicado em 1838.
Malthus afirmava que o crescimento da população humana era refreado pela guerra, pela doença e pela limitação de alimentos.
Darwin generalizou esta teoria ao resto dos seres vivos, sugerindo que, como até dentro da mesma espécie havia individuos diferentes, os mais bem adaptados ao seu meio teriam maior probabilidade de reproduzir-se com êxito. Resumindo, os mais aptos sobreviveriam. As características favoráveis dos progenitores seriam transmitidas à geração seguinte, o que assegurava que cada geração seria ligeiramente diferente da anterior e espécies diferentes divergiriam de um antepassado comum. Era este mecanismo que designou por selecção natural, que sustentava todo o processo evolutivo.
A “ Origem das Espécies” suscitou a contestação esperada, tendo sido denúnciada do alto dos púlpitos. A comunidade ciêntifica dividiu-se entre os apoiantes e os opositores. Debates públicos realizados por todo o país atraíam grandes audiêndias.
Contudo, quando Darwin morreu, a sua teoria era já aceite. Teve funerais nacionais e foi sepultado na Abadia de Westminster, em Londres.



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