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Perfume do Oriente
(Dr. Adérito Tavares)

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As bandeiras ondulavam ao vento quando a primeira frota da Companhia das índias Orientais largou para leste. Os cinco navios levavam 400 homens, alimentos e água para 20 meses e mercadorias variadas, desde espelhos e copos de vidro, para vender ou trocar por especiarias. Com esta viagem, a Companhia propunha-se quebrar o monopólio dos portugueses e holandeses sobre o lucrativo comércio das especiarias.
A Companhia das Índias Orientais recebera de Isabel I autorização para a expedição e permissão para enviar todos os anos, a partir daquela data, seis navios, seis pinaças e 500 homens para o Oriente, nomeadamente para as ilhas de Samatra, Java e para as Molucas, conhecidas pelas “ilhas das especiarias”.
A direcção, formada por ricos mercadores e nobres de Londres, angariara 70 000 libras por meio de sbscrição pública para financiar a primeira viagem, dirigida pelo general James Lancaster.
O primeiro objectivo dos mercadores era estabelecer boas relações com o poder local. Com a sua protecção os Ingleses poderiam negociar naquelas ilhas ao lado dos Portugueses, ali estabelecidos já há muito, e dos recém-chegados holandeses. Quando a frota inglesa chegou a Samatra em Junho de 1602, John Middleton, um dos comandantes, desembarcou para apresentar uma carta da rainha ao rei Alaudin, de 90 anos.
Os navios da Companhia navegavam de ilha para ilha em busca de novos negócios, deixando homens em cada porto para estabelecer entrepostos comerciais, ou “feitorias”, bem como obter provisões para a tripulação.
Os ingleses tinham que enfrentar vários desafios. Os portugueses atacavam-lhes os navios e mandavam os criados disfarçados de vendedores de especiarias para os expiar. Os chineses, que controlavam o comércio da pimenta, adulteravam as especiarias que vendiam a compradores da Companhia.
Quando a frota regressou, em Setembro de 1603 carregada de especiarias teve de enfrentar outra crise.
Jaime I tinha sucedido á rainha, e para agravar a situação, acumulara, ele próprio enormes provisões de pimenta.
Para manter os seus lucros elevados, o rei proibiu a Companhia de vender pimenta, causando uma crise financeira, no entanto a proibição foi levantada ainda durante esse ano.
Da viagem de Lancaster resultou um lucro de mais de 64 000 libras, o que levou os subscritores a reinvestir na Companhia. Em 1604, uma frota partiu com destino ás ilhas Samatra e Amboina, esta última uma das principais zonas de produção de cravinho-da-índia, e por volta de 1612 os navios da Companhia tinham feito oito viagens até ao oceano Índico.
A primeira expedição de 1601 tinha aberto a porta para as riquezas do Oriente.



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