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A Terceira Cruzada
(Dr. Adérito Tavares)

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O trabuco funcionava como uma catapulta gigante. Na extremidade esquerda da enorme trave encontrava-se uma funda, na qual dois homens, avançando com grande esforço, deixaram cair uma grande pedra. Perto da extremidade esquerda, a trave repousava sobre uma peça transversal colocada no horizontal. Obedecendo às ordens, um grupo de soldados avançou a correr e saltou para cima da extremidade direita da trava, obrigando-a a descer e dando á funda um fortíssimo impulso ascendente. A pedra voou sobre as muralhas da cidade, caindo com estrépito nas ruas de Acre.
Situados a cerca de 160km a norte de Jerusalém, Acre era o porto mais importante da Terra Santa, e alvo estratégico vital da Terceira Cruzada, convocada pelo papa Gregório VIII e formada por exércitos da Inglaterra, França e do Sacro Império Romano. O objectivo era conquistar Jerusalém, que caíra nas mãos de Saladino, comandante dos Muçulmanos ou “sarracenos” (termo que deriva da palavra árabe “sharqïyïm”, orientais), em Outubro de 1187.
Em Outubro de 1189, uma força cristã entrincheirou-se na colina de Turon, 1,6km a leste de Acre, que era controlada por uma guarnição sarracena. Saladino, reuniu um exército de libertação e conseguiu por algum tempo, manter as tropas cristãs encurraladas no alto da colina. Em meados de Setembro, chegaram reforços dos cruzados que obrigaram os sarracenos a recuar.
O cerco a Acre consistia em levar os habitantes da cidade ou fortaleza a passar fome até à rendição visto que Saladino não tinha força suficiente para se libertar do cerco.
Os cruzados tentaram também tomar de assalto a fortificação, usando torres de madeira, próprias para cercos.
Com a chegada de reforços sob o comando de Filipe II de França, em Abril de 1191, e de Ricardo I de Inglaterra em Junho, o cerco chegou ao auge. Os dois reis estavam convencidos de que a melhor forma de conquistar a cidade era derrubando as espessas muralhas.
Equipas de sapadores abriram túneis por baixo das muralhas e escoraram-nos com troncos de árvores, em seguida, incendiaram as escoras de madeira, causando o desmoronamento de parte das muralha e atacaram os sarracenos através da brecha. Saladino alertado pelo som dos tambores dentro da cidade, atacou os cruzados pela retaguarda, forçando-os a lutar em duas frentes, pelo que tiveram de desistir.
Mais tarde, tentaram abrir túneis noutras zonas das muralhas, mas os defensores de Acre bloquearam as escavações.
No início de Julho, a situação dentro da cidade estava a tornar-se desesperada. Já passavam quase 2 anos e os alimentos escasseavam. A única esperança dos sarracenos era que Saladino forçasse os cruzados a levantar o cerco. Mas Saladino sabia que não podia vencer. Usando pombos correios ordenou à guarnição que abandonasse a cidade e fugisse pela praia enquanto as suas tropas ocupavam as forças ocidentais.
O plano não funcionou. Os exércitos franceses e ingleses mantiveram Saladino à distância, e em 12 de Julho de 1191, atacaram a guarnição e Acre rendeu-se. Os cruzados não reconquistaram Jerusalém, mas, em Setembro, Saladino assinou uma trégua de três anos, garantindo salvo-conduto para os peregrinos cristãos que se dirigissem à Cidade Santa.



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