História dos estribos
(Dr. Adérito Tavares)
Os primeiros guerreiros montados enfrentavam grandes dificuldades quando lutavam sentados nas suas selas. Tinham de se equilibrar com os joelhos enquanto se lançavam contra o inimigo, pelo que podiam ser facilmente derrubados. Outra táctica consistia em lançar os dardos de uma certa distância, e depois aproximar-se, desmontar e lutar a pé, mas isso transformava o cavaleiro num peão.
Os Citas, povo nómada que viveu na região hoje ocupada pela Ucrânia, no século IV a.C., foram as primeiras forças de combate a usar estribos, que eram pouco mais que laçadas de couro em que os cavaleiros se apoiavam para montar.
Só no século VI d.C. o estribo começou a ser usado como auxiliar dos cavaleiros. Com os estribos encaixados em estribos de metal, cavaleiros chineses e das estepes da Ásia, verificaram que conseguiam ficar bem sentados na sela mesmo lutando a curta distância, ou até manter-se de pé sobre os estribos enquanto arremessavam as lanças.
Foram os Ávaros da Ásia Central que trouxeram o estribo para a Europa Ocidental. Os seus exércitos incluíam arqueiros montados, que usavam estribos para manterem a estabilidade quando lançavam as suas setas.
Durante o século VIII, ao Ávaros confrontaram-se com os Francos, tribo Germânica da região do Reno, que nessa época dominava o reino mais poderoso da Europa Ocidental, a Gália, onde hoje é a França e a Bélgica.
Os Francos em breve se aperceberam da importância do estribo e adoptaram-no para seu uso, utilizando assim a sua cavalaria com grande êxito como uma arma de choque.
Um manual militar bizantino da época comentava: “É tão temível a carga da cavalaria franca com a sua espada curta, lança e escudo, que é preferível adiar uma batalha a cavalo com os francos até ter todas as probabilidades de vitória do nosso lado”
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